Ok
Notícias

Quer ganhar 1 curso de teologia grátis?
Então me chame no Whatsapp

Yvelise de Oliveira, dona do Grupo MK, escreve crônica sobre a morte de seu filho. Leia na integra

Yvelise de Oliveira, dona e diretora do Grupo MK, escreveu uma crônica especial sobre a morte de seu filho Benoni de Oliveira.

A morte aconteceu a cerca de dois meses em um acidente de avião no Rio de Janeiro. Junto com Benoni estava Sergio Menezes, marido de Marina de Oliveira, filha de Yvelise.

A crônica se chama “A morte entrou pela porta e sentou na minha sala”. Yvelise, além de diretora, escreveu o livro Janelas da Memória lançado MK Editora. Confira a crônica na integra:

Dona Morte entrou pela porta da minha casa e se instalou confortavelmente em algum dos meus sofás.

“Essa senhora sinistra” começou com o meu jardim.

A casa foi feita para o jardim. Toda cercada de flores coloridas, as singelas “Marias sem vergonha” abraçavam tudo como em um buquê. Por dentro da casa e pelo lado de fora junto dos muros o colorido das flores, na rua, aconchegavam a frondosa amendoeira em um abraço carinhoso em frente à casa.

Mas as plantas foram morrendo sem motivo e o jardim todo florido foi ficando sem vida e sem cor…

Se foi o sol, o calor, muita água, o jardineiro mesmo não sabia dizer… Mas lutei. Comprei terra adubada e centenas de mudas de “Maria sem vergonha”, lilases, grama inglesa. Enfim, plantei tudo de novo, mas o jardim nunca mais foi o mesmo. Minhas orquídeas morreram aos montes no orquidário branco que fiz para cuidá-las. Amo plantas.

Indo mais fundo, Dona Morte matou minha gata Sara. A porta foi esquecida aberta e ela pulou para a casa da vizinha – morreu na hora. Os cachorros quebraram seu frágil pescocinho.

Lamentei por dias sua morte e chorei sentida a sua falta.

Mas a gente não sabe o futuro e esperei sempre que tudo fosse melhorar.

Sem doença, sem nada, a mãe do meu marido, D. Margarida, morreu. Uma morte serena. Dormiu e não acordou. Sua jornada tinha acabado.

Foi uma tristeza grande. O consolo ficou apenas na suavidade com que Dona Morte agiu.

Assim que a gente começa a respirar mais aliviado, o consolo vem vindo, porque minha sogra viveu 91 anos, jovial e saudável.

Nesse ano que passou nós a vencemos quando meu marido teve um câncer e pensei que iria perdê-lo. Mas a mesma fé que o curou completamente não consegui tirar o medo que veio morar dentro de mim.

Está gostando desse conteúdo?

Cadastre seu email no campo abaixo para ser o primeiro a receber novas atualizações do site.

Fique atualizado! Cadastre para receber livros, CDs e revistas promocionais.

Logo eu, tão segura, tão confiante, tão cheia de planos, passei a temer o confronto com ela: a “Sinistra Senhora”.

Depois passei a desconsiderá-la: “Não. Já perdi gente demais, um filho pequeno , minha mãe, meu pai, minha amiga querida. Perdas que fazem parte da vida quando se é jovem.”

Mas Dona Morte instalou-se. Minha casa grande, branca e bela tornou-se sua morada predileta.

Em um sábado de céu azul e o sol brilhando, um dia tipicamente carioca, a família se reuniu para almoçar. Na mesa, sorriso e comida farta, muito papo jogado fora.

Benoni, meu filho, tinha agora um novo hobby: voar de ultraleve, um avião monomotor.

Todos já tinham voado com ele: meus netos, sua esposa, meu marido e as centenas de amigos que ele, com seu jeito de menino grande e coração doce, conquistava.

Nesse sábado, ele me convidou animado: “Vamos, mãe, vamos voar, é lindo. A gente se sente um pássaro”. Emocionava a forma como ele descrevia o vôo, uma aventura única, um prazer indescritível. Ver o Rio assim, de cima, sua cidade que ele tanto amava.

Vou enjoar, respondi, acabei de almoçar. Vou amanhã, eu prometo.

Meu genro, um jovem homem amável e tranquilo, nada dado a aventuras perigosas disse: “Eu vou. Vou fotografar todo o Rio, o Cristo. O dia está claro como cristal”.

Meu genro era um grande fotógrafo, tinha uma visão artística peculiar de luz e sombra.

Assim os dois saíram rindo felizes. O Sérgio, meu genro, com sua máquina super Nikon pendendo do pescoço. Alto, magro e sorridente como seu cunhado. Eram muito diferentes, mas tinham em comum a camaradagem.

Nesse dia claro e cheio de sol, Dona Morte resolveu dar um golpe fatal.

Enquanto o dia ia findando e o sol tornava o céu rosa em tons de púrpura e lilás, meu filho foi aterrizar seu avião, pequeno, leve como um brinquedo mortal.

O vento, sim, o vento que ele tanto amava virou o avião. Caíram na lagoa e morreram os dois na mesma hora.

Tantos planos, tantos sonhos, tanta juventude assim cortada, desperdiçada.

Morto meu filho, os bombeiros o tiraram da lagoa, o coloquei no meu colo. Pareceu dormir. Tão lindo.

Um garrote me apertou a alma. Uma dor assim não se limita, não se escreve, não se consegue sabotar.

Perplexa, vi que era verdade… Meu filho amado, meu filho morto, em meus braços eu embalei.

A dor é muito particular, íntima e, para mim, incurável. Não vou superar, já estou velha, cansada. Vou apenas suportar enquanto der, lutando para preservar a minha fé, manter o meu coração em Cristo, desejando que Deus permita que meu tempo aqui na Terra não seja tão longo.

Como não pude te dizer, meu Deus: Ainda não, ainda não. E rogar: Por favor, não o deixe ir agora. Não me lance nessa noite tenebrosa.

Yvelise de Oliveira

Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/yvelise-de-oliveira-mk-cronica-morte-filho-benoni.html


Qual sua opinião sobre esta noticia?
Deixe seu Comentário abaixo:
(*)Campos obrigatórios, e-mail e telefone não serão publicados)
Notícias de Líderes
Pastor Gilmar Santos
Bispa Sonia Hernandes
Pastor Julio Ribeiro
Missionário RR Soares
Pastor Hidekazu Takayama
Bispa Ingrid Duque
Apóstolo Agenor Duque
Pastor Gilvan Rodrigues
Apóstolo Valdemiro Santiago
Missionário David Miranda
Pastor Samuel Mariano
Pastor Geziel Gomes
Pastor Lucinho
Pastor Abílio Santana
Pastor Billy Graham
Pastor José Wellington Bezerra da Costa
Bispo Rodovalho
Pastor Márcio Valadão
Pastor Marco Feliciano
Pastor Samuel Camara
Pastor Adão Santos
Pastora Joyce Meyer
Pastor Reuel Pereira Feitosa
Pastor Samuel Ferreira
Bispa Cléo Ribeiro Rossafa
Pastor Claudio Duarte
Pastor Josué Gonçalves
Pastor Aluizio Silva
Pastor Benny Hinn
Apóstolo César Augusto
Pastor Jorge Linhares
Pastor Carvalho Junior
Pastor Yossef Akiva
Apóstolo Estevam Hernandes
Pastor Elson de Assis
Pastora Sarah Sheeva
Bispa Lucia Rodovalho
Apóstolo Renê Terra Nova
Pastora Helena Tannure
Pastor Oseias Gomes

O Seminário Gospel oferece cursos livres de confissão religiosa cristã que são totalmente à distância, você estuda em casa, são livres de heresias e doutrinas antibiblicas, sem vinculo com o MEC, são monitorados por Igrejas, Pastores e Teólogos de Grandes Ministérios totalmente baseado na Santa Palavra de Deus, ao final você recebe DOCUMENTAÇÃO INTERNACIONAL valida no âmbito religioso.

Notícias de Cantores
Cantora Lea Mendonça
Cantor Mattos Nascimento
Cantora Mara Lima
Cantor Davi Sacer
Cantora Bruna Karla
Cantora Andrea Fontes
Cantora Ana Paula Valadão
Cantora Rose Nascimento
Cantora Ludmila Ferber
Cantora Damares
Cantora Karen Martins
Ministério Renascer Praise
Voz da Verdade
Cantor Marquinhos Gomes
Cantora Nivea Soares
Cantora Elaine de Jesus
Cantor Fernandinho
Cantor Irmão Lázaro
Ministério Diante do Trono
Cantora Shirley Carvalhaes
Cantora Fernanda Brum
Cantora Alda Célia
Banda Oficina G3
Cantora Cassiane
Cantor André Valadão
Cantora Aline Barros
Cantora Lauriete
Cantor Regis Danese