Três meses após vencer a disputa judicial final pela custódia de seus filhos, a viúva cristã jordaniana Siham Qandah desfrutou de seu primeiro verão livre de ansiedade em sete anos.
"Nós estamos em uma condição bem melhor do que em outros anos," contou Siham ao Compass no mês passado por telefone de sua casa em Husn, uma cidade no norte da Jordânia. "Eu não vou mais ficar indo e vindo aos tribunais ou aos advogados. Então estamos bem tranqüilos neste verão (inverno no hemisfério sul)."
Apesar de que, por lei, o tutor muçulmano das crianças teria 30 dias para submeter uma petição contra a decisão de 16 de junho revogando a guarda das crianças, seus advogados não tomaram nenhuma atitude legal. "Nós ainda não recebemos nenhuma outra notícia do tribunal desde que ganhamos o caso," disse Siham.
"Eu acho que ele finalmente desistiu disso", comentou o pastor de Siham da Igreja Batista de Husn.
Desde 1998 Siham esteve envolvida em uma disputa judicial com seu irmão afastado, um seguidor do islamismo que tentou ganhar a custódia de seus filhos para educá-las como muçulmanos.
Após ter perdido seu marido, 11 anos atrás, os desafios de Siham para criar os filhos sozinha começaram com um certificado de "conversão" não assinado, arquivado em uma corte islâmica, declarando que seu marido soldado tinha se convertido secretamente ao islamismo três anos antes de sua morte.
De acordo com a lei islâmica, ela não poderia contestar esse documento, que automaticamente tornava muçulmanos seus filhos menores. Como cristã, ela não poderia cuidar de seus assuntos financeiros, nem mesmo retirar a pensão mensal garantida aos órfãos pelo exército jordaniano.
Por essa razão, ela nomeou seu irmão afastado, que havia se tornado muçulmano quando adolescente, pedindo que ele se tornasse tutor legal das crianças. Mas após Abdullah al-Muhtadi ter concordado, ele passou a embolsar os benefícios. Então enganou influentes juízes da corte islâmica para autorizá-lo a retirar grande quantia de dinheiro do fundo fiduciário da ONU, alegando que seria para pagar suas despesas legais.
No final, o tutor muçulmano embolsou aproximadamente 17.000 dólares do fundo fiduciário da ONU, que as crianças deveriam receber ao completarem 18 anos. Mas para Siham, o direito de educar os seus filhos se sobrepõe em muito às questões econômicas.
Procurando uma maneira de viver
Agora com 17 anos, Rawan, filha de Siham inicia seu último ano do colegial, e seu irmão Fadi, 15, está um ano atrás.
"Meu único problema agora é como sustentar as crianças", disse Siham. Seguindo o conselho de seu advogado, ela não solicitou a indicação de outro tutor muçulmano para seus filhos. Conseqüentemente, não há meios, através da corte islâmica, para coletar o benefício garantido aos órfãos pelo exército, o qual totaliza aproximadamente 120 dólares por mês.
"Nós apenas estamos vivendo", disse Siham, admitindo que prefere evitar qualquer possível disputa judicial até que seus filhos completem 18 anos, quando, de acordo com a lei jordaniana, eles poderão decidir sua religião.
Em agosto, o único trabalho que Siham conseguiu encontrar na cidade vizinha de Irbid exigia que ela trabalhasse das 9 da manhã até às 6 ou 7 horas da noite. E ela ganharia a pequena quantia de 70 dinares jordanianos, o equivalente a 100 dólares por mês.
Apesar de Siham possuir uma casa pequena e simples, onde ela mora com seus filhos em Husn, um salário tão baixo não cobriria suas despesas mensais. Então durante as últimas semanas, ela começou a explorar meios de desenvolver um pequeno negócio em sua cidade, talvez uma loja com artigos para casa e cozinha para as mulheres do local, disse ela.
Após a triste situação de Siham e suas crianças ter atraído cobertura internacional da imprensa, o rei Abdullah II e outros membros da família real jordaniana monitoraram o progresso do caso, garantindo que ela não perderia seus filhos.
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