No total, Samantha é procurada por sete assassinatos no Quênia, incluindo a execução recente de dois clérigos radicais muçulmanos. Ela já havia sido ligada ao ataque ao shopping Westgate, em Nairóbi, embora não tenha sofrido acusação formal.
O chefe de polícia da região costeira (que inclui a segunda maior cidade do Quênia, Mombasa), Aggrey Adoli, disse à imprensa local que os serviços de segurança têm Samantha (a filha de um ex-soldado britânico, e conhecida com a "Viúva Branca") como a principal suspeita da morte dos pastores Charles Mathole e Ibrahim Kithaka, assassinados há poucas semanas, em Mombasa.
Mathole era o líder da Igreja Evangelho da Redenção, e Kithaka um líder das Igrejas Pentecostais do Leste Africano, em Kilifi.
O assassinato dos pastores chocou os cristãos de Mombasa a ponto de o Fórum das Igrejas ter requisitado proteção ao governo. Cristãos de diferentes igrejas disseram que a situação mostra a frustração com o aumento nos níveis de insegurança.
"Os quenianos estão cansados da contínua insegurança", disse o Rev. Peter Karanja, secretário geral do Concílio Nacional de Igrejas do Quênia, em uma coletiva de imprensa em Limuru, próximo a Nairóbi.
A morte dos dois clérigos radicais levou aos protestos mais violentos que Mombasa já viu. Jovens muçulmanos colocaram fogo em uma igreja do Exército da Salvação e também causaram destruição em vários locais.
É dito que a "Viúva Branca" ordenou a morte de Mathole, depois de ela ter ficado paranoica acerca do contato dele com oficiais da inteligência queniana. A viúva de Mathole teria dito ao jornal Star que seu marido recebeu ameaças de morte algumas semanas antes do assassinato, depois de, supostamente, ter sido abordado pelo Serviço de Segurança Queniano. Acredita-se que eles queriam informação se algum jovem muçulmano aproximou-se dele para evitar ser recrutado pelo Al-Shabaab.
Jornais do Reino Unido informaram que Samantha tentou ter maior controle do Al-Shabaab, irritando assim os líderes do grupo. O chefe de Polícia Aggrey Adoli disse: "Ela é, sem dúvida, uma ameaça para a segurança nacional e internacional. Nós estamos trabalhando contra o tempo para prendê-la, impedindo que ela cause mais mortes".
Samantha Lewthwaite aparentemente não trabalha sozinha. O Serviço de Segurança disse que ela tem seis discípulos: um tanzaniano, um somali, um ugandês e três quenianos. Todos estão na lista do serviço de segurança.
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