Centenas de muçulmanos extremistas na Nigéria cometeram violência contra a comunidade cristã na Universidade de Maiduguri no primeiro fim-de-semana de novembro. Os ataques de sábado e domingo deixaram três estudantes cristãos mortos e pelo menos vinte outros gravemente feridos.
A violência também interrompeu os cultos nas igrejas da cidade e levou à destruição de propriedades avaliadas em vários milhões de dólares. O Sr. Elias, residente cristão da Universidade de Maiduguri, deu à Portas Abertas o seu testemunho pessoal a respeito do ataque.
Eles eram em grande número. Eles gritavam 'Allahu akbar' (Alá é grande) e estavam atacando os cristãos. Eu e meu filho de 14 anos escapamos por pouco dos agressores, mas eles incendiaram minhas lojas com estoques avaliados em 10 milhões de naira (73.400 dólares), disse Okoli.
Ele disse também que os baderneiros muçulmanos estupraram e brutalizaram alunas cristãs.
O Dr. Garba Ibrahim, Deão dos Assuntos Estudantis da universidade, disse que o ataque foi completamente gratuito. Não existe justificativa para o ataque a essas pessoas, disse Garba, que é muçulmano, a Portas Abertas.
O secretário da universidade, Dr. Lawan Bukar Alhaji publicou uma declaração informando que a universidade fora fechada por tempo indeterminado. De acordo com a situação de segurança do campus, todas as atividades da universidade foram suspensas até segunda ordem, dizia o comunicado.
Os administradores da Universidade do Hospital-escola de Maiduguri confirmaram a Portas Abertas que vinte feridos graves foram recebidos para tratamento em suas dependências. Os atendentes do necrotério, que não quiseram ter seus nomes revelados, confirmaram que três corpos foram ali colocados.
O relatório do hospital foi diferente dos números publicados por Mohammed Ahmed, chefe de relações públicas da universidade de Maiduguri. Ao todo, 33 estudantes ficaram feridos no tumulto. Eles foram mais tarde tratados e liberados. Somente um estudante foi morto, e outro teve um ferimento grave, disse Ahmed.
Hajia Binta Ibrahim Musa, Ministro de Estado para a Educação do Governo da Nigéria, visitou a universidade logo depois do ataque e ordenou que os administradores da universidade restringissem as atividades de muçulmanos fundamentalistas no campus. Depois ele apelou aos pais muçulmanos e aos líderes da comunidade muçulmana para que educassem seus pupilos de forma que lhes possibilitassem viver em harmonia com os cristãos.
Não devemos permitir que estudantes fanáticos destruam a boa tradição da universidade, disse o ministro. Os envolvidos nos ataques, não importa a posição social, devem ser processados.
Enquanto isso, aumentou a tensão no norte da Nigéria devido a uma decisão tomada por doze governadores de Estado de fecharem as escolas cristãs durante o período de um mês em que os muçulmanos observam o jejum do Ramadã. Os líderes da comunidade cristã protestaram junto à polícia em uma visita ao Sr. Stephen Shekari, vice-governador do Estado de Kaduna, no dia 24 de novembro.
A ação é uma clara privação dos direitos fundamentais dos cristãos à educação, declararam representantes da Associação Cristã da Nigéria (ACN).
O arcebispo Josiah Idowu-Fearon, da Comunhão Anglicana, liderou a delegação da Associação, que incluiu líderes cristãos dos Estados de Kaduna, Kebbi, Jigawa, Zamfara, Sokoto, Kano, Katsina e Borno.
Não queremos que algumas pessoas criem a impressão de que este país é um Estado islâmico, disse Idowu-Fearon ao vice-governador. Algumas pessoas estão tentando usar a religião para impedir que os cristãos consigam se instruir. Isto é uma violação aos nossos direitos.
Esperamos que quando vocês se encontrarem como governadores dos Estados do norte (da Nigéria), olhem para isto, para que os cristãos não continuem sendo oprimidos, acrescentou o bispo.
Quando os cristãos estavam registrando seu descontentamento com os fechamentos durante o Ramadã, o governo de Zamfara declarou que todas as escolas do Estado - inclusive as instituições cristãs - devem dar aulas na língua árabe ou enfrentar duras sanções.
A língua árabe é o principal meio de propagação do islamismo, disse Alhaji Ibrahim Birnin-Magaji, porta-voz do governador de Zamfara, numa entrevista à imprensa em Gussau no dia 2 de dezembro. O ensino da língua nas escolas será vantajoso para o governo e para o crescimento do islamismo como religião.
Birnin-Magaji anunciou depois que os estudos da língua árabe devem ser obrigatórios nas escolas públicas e de missões cristãs do Estado.
Os cristãos constituem cerca de 10% dos 2,1 milhões de habitantes. Zamfara foi o primeiro Estado nigeriano a adotar a sharia, o código legal baseado no Alcorão. Nos três anos desde então, onze outros Estados do norte do país o seguiram. Fontes da Nigéria dizem que a imposição da sharia aos não-muçulmanos é a principal razão para o subsequente aumento da violência religiosa no país.
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