Extremistas encorajaram moradores hindus de uma vila no Estado de Orissa a atacarem os moradores cristãos em 24 de janeiro. Pelo menos 10 cristãos ficaram feridos e dois foram hospitalizados.
O ataque aconteceu às 8 horas, quando 14 famílias cristãs e quatro missionários da Equipe Evangélica Indiana (IET - sigla em inglês) estavam na casa de um cristão na vila de Koikonda, segundo informou Satya Das Benya, coordenador regional do IET.
Apenas 15 das quase 300 famílias da vila são cristãs.
Alguns cristãos haviam se reunido para um culto na casa de Salvam Gangi, em 23 de janeiro, passando a noite lá. Os membros de um grupo extremista hindu, o Rashtriya Swayamsevak Sangh (RSS), aparentemente ouviram pessoas cantando e pediram uma reunião na vila na manhã do dia 24.
Imediatamente depois da reunião com o RSS, um grupo de 50 pessoas cercou a casa de Salvam e exigiu que os quatro missionários - Vijay Kumar, Baldas Gopal, Ramesh Sulah e Gideon Challan - saíssem da casa.
Assim que os missionários obedeceram, o grupo começou a bater neles e a agredir os outros cristãos que estavam dentro da casa.
Vijay desmaiou enquanto batiam nele e só recobrou a consciência três dias depois. Ele e Baldas foram hospitalizados com sérios ferimentos internos, mas agora os médicos declararam que eles "estão fora de perigo".
O pastor da vila, Salvam Samu, sofreu ferimentos menos graves, à semelhança do que aconteceu com outros três homens e quatro mulheres.
Salvam Samu tentou registrar uma queixa no dia 26 de janeiro, mas a polícia disse que eles estavam "ocupados demais" para falar com ele. Quando Ramesh, missionário do IET, abordou os policiais no dia seguinte, eles aceitaram sua queixa por escrito, mas não lhe deram uma cópia assinada, como exige a lei.
O relato de Ramesh menciona 11 dos agressores.
Até 3 de fevereiro, a polícia não tinha feito nenhuma tentativa para deter os acusados. Temendo mais violência, os moradores cristãos não se reuniram para o culto no domingo, 29 de janeiro.
Yatinda Koyal, superintendente de polícia do distrito, contactado pelo Compass, afirmou que as vítimas não deram nenhuma queixa formal. Mas, ao receber evidências de que a queixa havia sido feita, ele alegou não saber, dizendo estar "fora do escritório nos últimos três dias".
Os moradores hindus que atacaram os cristãos há um ano, em janeiro de 2005, feriram diversas pessoas, incluindo uma mulher grávida. A polícia ajudou as duas partes a entrarem em acordo, mas os hindus continuaram a hostilizar a minoria cristã.
Orissa é governada por uma coalizão formada pelo partido Biju Danata Dal e pelo partido nacionalista hindu Bharatiya Janata Party (BJP).
A violência anticristã tem crescido nos Estados governados pelo BJP desde o começo do ano. Os cristãos culpam a propaganda de ódio distribuída pelo RSS e outros grupos extremistas na preparação de um grande evento de "despertamento" hindu, a ser realizado em fevereiro em Dangs, distrito do Estado de Gujarat.
Quatro ataques a cristãos em Madhya Pradesh, outro Estado governado pelo BJP, foram relatados na semana de 30 de janeiro, logo após esse ataque em Orissa.
Para John Dayal, secretario geral do Conselho Cristão Toda a Índia, o RSS não quer violência em Dangs agora, mas quer que ela continue em outros Estados.
John disse acreditar que a violência contra os cristãos de Dangs irá explodir depois do encontro hindu, marcado para 11-13 de fevereiro.
Um CD distribuído pelo RSS em Dangs e em outros lugares descreve o cristianismo como uma fé estrangeira perigosa, que deve ser erradicada da Índia.
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