A organização dos Jogos Olímpicos de Pequim anunciou ontem que será construído um centro que agregará várias religiões dentro da Vila Olímpica. “Tudo será feito da mesma forma como se costumou fazer nos demais Jogos Olímpicos”, disse Liu Baininan, vice-presidente da Associação Patriótica Católica da China, informou o diário oficial “China Daily”.
Além da Associação Católica Patriótica, outros órgãos estatais cuidam dos fiéis budistas, taoístas, muçulmanos e protestantes, as únicas religiões reconhecidas na China.
O culto fora das religiões ou locais de culto reconhecidos pelo governo é considerado ilegal.
De acordo com a organização do evento, a Vila Olímpica vai dispor de um centro de serviços religiosos com sacerdotes e voluntários de diversas crenças, que prestarão desde apoio espiritual até à produção de pratos de acordo com a religião dos atletas.
Instruções para protestos
As autoridades chinesas, geralmente receosas em permitir manifestações de protestos, divulgaram recomendações sobre como os cidadãos do país devem atuar ao se encontrarem com grupos de ativistas.
As instruções incluem evitar atos de violência ou conflitos entre grupos que pensem diferente, durante os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.
“Com a visita de tanta gente de diversas partes, é inevitável que alguns se expressem com idéias contrárias à cultura e ao pensamento chinês”, informou ontem a agência estatal de notícias “Nova China”.
“Se isso ocorrer, mantenha a calma e evite o contato físico. É preciso deixá-los agir e não enfrentá-los, porque os ativistas querem é se tornarem vítimas”, acrescentou o boletim de diretrizes divulgado à população.
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