Como você reagiria se encontrasse refugiados da cidade vizinha na porta de sua casa durante a noite? Centenas de aldeias cristãs na área de Duhok, no Iraque, se depararam com essa situação. É quase primavera e os vales estão verdes, enquanto ainda há neve nos topos das montanhas. A vila no final da estrada parece calma, mas tem sido bem menos pacífica durante os últimos meses.
Estado Islâmico (EI)
No refeitório local, uma senhora faz os primeiros preparativos para as refeições do dia. No menu há saladas, hambúrgueres e batatas fritas. Ela relata sobre os terríveis dias que o Estado Islâmico estava ameaçando sua cidade no verão passado. "Nós tivemos que fechar a lanchonete durante três dias por causa da situação. A maioria das pessoas fugiram ou estavam se preparando para escapar da invasão. Realmente pensei que esse era o fim do nosso tempo aqui e a falência da nossa cafeteria."
Depois tornou-se claro que o grupo não iria assumir a aldeia, assim 75% dos moradores retornou. Ao mesmo tempo, os refugiados de outras regiões invadidas pelo EI encontram refúgio nos vários edifícios públicos da cidade. Apesar dessa situação, o prefeito da cidade diz que nunca viu os refugiados como um fardo. "Somos todos iguais, somos todos humanos. Sabíamos que tínhamos que cuidar de nossos companheiros, sejam eles cristãos como nós, ou de outra religião”, explica.
Em casa
Fora da aldeia, roupas são estendidas para secar dentro de uma clínica. Dois jovens estão na porta. Eles fugiram com sua família da aldeia vizinha e confirmam as palavras do prefeito. "Os aldeões têm sido muito amáveis conosco. Nunca nos sentimos como estranhos aqui. Porque todos nós somos cristãos, sentimo-nos em casa”. A casa improvisada é simples, mas apresenta algum conforto. Uma pequena sala com algumas camas, colchões e uma televisão. “Nós contornamos a situação, mas não sabemos sobre o futuro. É difícil encontrar emprego e não podemos viver na clínica para sempre”, diz um deles.
Fora da cidade, o cenário não muda muito. Famílias de refugiados dividem a região. Eles também dizem que nunca se sentiram como estranhos na aldeia. Vivendo em uma casa em construção, abandonada pelo antigo proprietário, a família estendeu uma tenda acolchoada para manter-se aquecida. "Os moradores trouxeram tudo o que precisávamos: alimentos, colchões, tudo. Fomos amparados e cuidados, embora não pertençamos à uma religião". Depois do que aconteceu no Monte Sinjar, a família diz que nunca mais vai se sentir segura no Iraque. Um tio já está organizando a emigração deles.
A ajuda emergencial com roupas, agasalhos, cobertores, e distribuição de comida e água, têm o apoio da Portas Abertas Internacional, por meio da igreja local e parceiros do mundo todo. Isso só é possível por meio de sua oração, e se fazendo presente pela sua contribuição. Para saber mais sobre essa e outras campanhas, acesse o link.
Esperança para a igreja no Iraque e Síria
Todos os dias, vemos e ouvimos nos meios de comunicação histórias de refugiados, e sabemos que eles precisam de nossa ajuda e de nossas orações. É por esse motivo que convidamos você a participar do Domingo da Igreja Perseguida (DIP), um dia de intercessão pelos cristãos perseguidos ao redor do mundo.
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