Os holofotes sobre Marco Feliciano (PSC-SP) continuam acesos e novas polêmicas são trazidas à tona, em sequência. A última fonte de controvérsia é um vídeo onde o pastor afirma que a morte do cantor John Lennon seria consequência de um deboche feito por ele contra Deus.
John Lennon foi vocalista da banda inglesa The Beatles, e acabou assassinado em 08 de dezembro de 1980 por Mark Chapman, com quatro tiros. Anos antes, Lennon havia causado polêmica ao dizer que sua banda era mais conhecida no mundo do que Jesus Cristo.
No vídeo, Feliciano prega num evento pentecostal e afirma que “queria estar lá no dia em que descobriram o corpo dele” para dizer “me perdoe John, mas esse primeiro tiro é em nome do Pai, esse é em nome do Filho, e esse é em nome do Espírito Santo”.
O pastor interpreta a declaração de Lennon sobre sua popularidade como uma afronta: “John Lennon estava olhando para as câmeras e dizendo: ‘Nós somos uma nova religião’”, diz o pastor, que conclui: “Ninguém afronta Deus e sobrevive para debochar”.
Embora a declaração não tenha sido bem recebida em nenhum dos segmentos do cristianismo, em 2008 o papa Bento XVI fez uma declaração perdoando John Lennon por sua polêmica frase.
A repercussão do vídeo nas redes sociais rendeu novas críticas ao pastor, que vem sendo pressionado a deixar a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados devido às suas diversas declarações polêmicas e posição contrária à prática homossexual.
Seu maior adversário político, deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) criticou indiretamente as falas do pastor sobre a morte de John Lennon: “Só uma pessoa fanática ou com muita má fé pode considerar o assassino de John Lennon um instrumento de vingança de Deus”, escreveu no Twitter.
Mamonas Assassinas
Outra polêmica declaração de Marco Feliciano sobre morte de artistas famosos vem sendo reverberada nas redes sociais.
No vídeo gravado no mesmo evento em que o pastor comentou a morte de John Lennon, Feliciano fala sobre o acidente que levou os Mamonas Assassinas à morte, e sua declaração de que “Deus fulminou” a banda paulista tem sido criticada.
O grupo ficou conhecido por suas letras irreverentes sobre diversos temas, e obteve sucesso meteórico, vendendo 1,5 milhão de cópias.
Feliciano diz no vídeo que o alvo dos Mamonas eram as crianças, e com isso, “mexeram com a santidade de Deus”.
“Eu sei o que aconteceu ali. O avião estava no céu, região do ministro do juízo de Deus. Lá na Serra da Cantareira, ao invés de virar para um lado, o manche tocou para o outro. O anjo pôs o dedo no mache. E Deus fulminou aqueles que tentaram colocar palavras torpes na boca das nossas crianças”, diz o pastor.
No Youtube, um usuário critica o pastor e questiona outros pontos: “Fatalidade então é castigo de Deus? E as impunidades? E os genocidas? Gente que hipocrisia deste pastor! E o piloto, Deus matou porquê então?”.
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