Após chegar a um hotel em Erbil, pela janela posso ver lá embaixo um acampamento de tendas. Estendidas pelo pátio da igreja, as tendas estão hospedando os refugiados, a maioria provavelmente de Mosul. Atrás de mim, no quarto de hotel, está uma grande cama e, devido ao calor, o ar condicionado está zumbindo.
O contraste é enorme. Do outro lado da estrada, as tendas estão erguidas no sol ardente. As temperaturas atingem facilmente 45ºC. As pessoas buscam abrigo na sombra das árvores ou sentam-se embaixo de pedaços de lona, apertados entre algumas tendas.
Pergunto-me o que estou fazendo aqui. Posso realmente ter alguma importância? Sinto-me uma intrusa na situação deles. Quem sou eu para que possa ter um vislumbre e ver sua tristeza, suas necessidades, a perda ou mesmo o luto, enquanto que, daqui a pouco, estarei voltando para o meu país seguro e para o meu lar? Noto que a dúvida rapidamente se estabelece.
Então, percebo que Deus é muito maior do que isso. Estamos aqui com um propósito. E um bom propósito. Podemos ajudar as igrejas e parceiros com os meios corretos para que eles possam ajudar milhares de desalojados com assistência humanitária como alimento, produtos de higiene, colchões e muito mais. Também temos a oportunidade de deixar os refugiados saberem que pessoas do mundo inteiro estão orando por eles. Que eles não estão sozinhos nessa batalha, mas que, em nossas orações, estamos bem próximos deles. Eu creio que o medo disseminado pelo Estado Islâmico (EI) é oposto e não se compara ao poder do Senhor.
Nesta manhã, li um recado encorajador de um colega: “Vou orar o Salmo 91 para você: Sim, porque Deus é o teu refúgio, o Altíssimo é a tua habitação, o mal não se aproximará de ti, dano algum poderá passar pela porta. Ele deu ordem aos seus anjos para te guardarem onde quer que você vá”.
Não estaríamos agindo como filhos de Deus se nos deixarmos ser desvalorizados e ficarmos com medo! Então, descerei as escadas, atravessarei a rua e direi a eles que são amados e que oro por eles.
Para minha surpresa, recebo as boas-vindas em meio a uma agitação. O pastor Douglas*, da Igreja Caldeia, está inflando algumas piscinas de plástico para as crianças. As piscinas são cheias de água para que as crianças possam se refrescar um pouco, divertirem-se e animar o espírito. Ao mesmo tempo, um grupo de pessoas está em uma fila para receber sapatos que são entregues por obreiros da igreja.
Alguns minutos depois, o pastor Douglas está arrumando alguns jogos para os homens. Uma competição de cabo-de-guerra, o que foi hilariante porque a corda era muito fina. Quando as duas equipes começaram a puxar, ambas caíram quando a corda arrebentou! Todos riram muito.
O pastor Douglas me diz que o propósito é manter as pessoas ocupadas para que não haja muito tempo para preocupação. Ele quer que as pessoas se sintam bem-vindas para lhes dar a sensação de que esse é o seu lar por um curto período de tempo. Ele não quer chamá-lo de campo de refugiados. E está funcionando! Vejo rostos sorridentes ao meu redor. Até meu próprio coração fica animado.
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