Numa tarde úmida, pouco antes de Dahlia Junairi dar aulas de alfabetização, um membro da Portas Abertas teve a chance de sentar e passar alguns minutos com essa cristã sama, de 32 anos, que além das aulas, também precisa cuidar do seu próprio sustento.
A Portas Abertas lhe concedeu um empréstimo para que ela abrisse a uma quitanda.
Dahlia foi uma das primeiras cristãs ex-muçulmanas que participaram do treinamento para líderes seculares, um discipulado de três meses patrocinado pela Portas Abertas para que esses novos cristãos sejam mais atuantes em suas ministrações com muçulmanos.
O povo sama, dentre os grupos tribais que vivem ao sul das Filipinas, é marcado pelo pouco acesso à educação e necessidades básicas. Mas é entre os samas que o evangelho de Cristo tem avançado tremendamente. A entrevista a seguir revela como os crentes sama vivem e sustentam sua fé.
Portas Abertas: Como você tem passado?
Dahlia Junairi: Estou conseguindo (risos).
PA: Como estão seus filhos? Quantos você tem?
Dahlia: Tenho seis filhos, mas infelizmente meu quarto filho morreu. No geral, meus filhos estão bem.
PA: Você pode nos contar mais sobre o seu ministério na igreja?
Dahlia: Nesse momento, estou conduzindo uma estudo bíblico em minha vila. À parte, dou aulas de alfabetização no vilarejo Sangali.
PA: Quantos cristãos há nessa vila e como você mantém o estudo bíblico? É para todos os samas?
Dahlia: Nós temos mais de 100 crentes, todos eles são da tribo sama.
PA: Quantos novos crentes surgem a cada ano?
Dahlia: A cada ano uma família se junta ao nosso grupo.
PA: Quando e como teve início o seu ministério?
Dahlia: Começou em agosto de 2005, através do programa de alfabetização. Primeiro era com alguns cristãos da minha vila. Depois não-cristãos se juntaram às nossas aulas e eventualmente se converteram. Uma vez havia estudantes doentes na minha aula. Nós oramos por eles e pelos não-cristãos. Então eu levei remédios para a sala e contei que foram dados pelas crianças de Tuhan. Quando os não-cristãos presentes ouviram isso, seus corações se abriram.
PA: Os cristãos da vila têm enfrentado dificuldade?
Dahlia: Sim, às vezes é difícil. Não podemos nos reunir em grandes grupos, então nós temos encontros semanais em diversas casas. Costumávamos usar um lugar para os cultos, mas ele foi destruído por um outro grupo tribal que também levou a mobília. Então, agora, nós só mantemos o estudo bíblico nas casas.
PA: Que outras formas de perseguição os cristãos têm vivido?
Dahlia: Há casos de cristãos sama que são negligenciados nos hospitais. Na maioria das vezes, os cristãos sofrem perseguição das suas famílias. Então, muitos mantêm a identidade cristã escondida de seus parentes. Em geral, temos cautela em nosso ministério. Por exemplo, durante as reuniões, nós asseguramos que os louvores não sejam muito altos e que a vizinhança não seja perturbada.
PA: Que dificuldades aparecem para o novo convertido?
Dahlia: Um novo convertido é negligenciado e ridicularizado por sua família. Os cristãos sama são usualmente chamados de "alegrinhos".
PA: E você? Também passou por perseguição quando se tornou cristã?
Dahlia: Sim, minha mãe, uma devota do islã e graduada no Alcorão, rejeitou minha nova fé. Mas louvo a Deus porque, finalmente, ela veio a conhecer o Senhor. Meu pai ainda não é um cristão. Ele é um imame (autoridade religiosa).
PA: O que mudou na sua vida desde que se tornou cristã?
Dahlia: Eu ficava facilmente irritada e não tinha muitos amigos por causa disso. Mas pela graça de Deus, ele me transformou.
PA: Qual é a força dos cristãos sama da sua vila?
Dahlia: Eles oram, têm fé, estão dispostos a servir a Igreja e efetivamente buscam ser novos em Deus.
PA: Você vê algum tipo de fraqueza neles?
Dahlia: A falta de subsistência é o principal obstáculo entre os cristãos sama. Muitos deles precisam de fontes de renda. Às vezes eles deixam a igreja e o ministério para migrar para outras terras em busca de oportunidades de obter dinheiro.
PA: O que a Igreja sama necessita para ser mais atuante no ministério com muçulmanos?
Dahlia: Precisamos de mais trabalhadores, porque há ainda muitas casas que precisam ser alcançadas. Existem situações em que eu desejo abrir um ministério em outra vila, geralmente para começar um curso de alfabetização. Eu desejo ir e ajudar, mas há ainda muito trabalho para fazer por aqui nesse momento.
PA: Quais são os seus pedidos de oração?
Dahlia: Por favor, ore para que novos trabalhadores venham me ajudar na vila, principalmente nessa abertura da escola dominical. Precisamos estar devidamente equipados para alcançar outros muçulmanos da vila, ore para que nós tenhamos oportunidades de treinamento. Para a minha família, por favor, ore pela provisão diária, especialmente pelo ensino dos meus filhos. E, por fim, ore pela minha pequena mercearia, para que ela prospere.
PA: Há alguma mensagem que você queira compartilhar com outros cristãos que estão apoiando e orando por vocês?
Dahlia: Quero agradecer porque, através de vocês, meus filhos e eu vivemos em uma casa que podemos chamar de nossa. Também agradeço pelo programa de alfabetização. Hoje muitos cristãos sama estão mais confiantes em interagir com membros de outras tribos por causa das aulas da Portas Abertas. Nossas vidas realmente mudaram através dessas aulas de alfabetização. Quando meu quarto filho morreu, também vi como a Portas Abertas nos amou e cuidou da minha família. Obrigada pelo apoio e, finalmente, obrigada por me ajudar a iniciar a quitanda para o meu sustento.
Outros pedidos de oração:
Pelos pais de Dahlia - Ore para que eles andem em boa saúde e para que suas vidas sejam cheias da presença de Deus.
Pelos filhos de Dahlia - Juntos, vamos orar para que seus filhos sejam bem sucedidos e terminem os estudos e também para que andem no temor do Senhor. Ore também pelo pequeno negócio de Dahlia para que prospere e que ela seja uma benção na vida de outras pessoas.
Pelo ministério de Dahlia - Ore para que mais trabalhadores a ajudem a alcançar mais muçulmanos de sua vila. Ore para que o poder de Deus esteja com ela, como líder e professora de alfabetização.
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