A exposição Tesouros da Terra Santa, que está no Masp (Museu de Arte de São Paulo) até 26 de outubro, tem o apoio da Lufthansa. A mostra vai da época do Rei David ao Cristianismo contando mil anos de história, por meio de fontes arqueológicas e literárias. Dentre os 150 objetos expostos estão o ossuário de Caifás e a inscrição de Pôncio Pilatos, dados como dois dos cinco artefatos genuínos da arqueologia que comprovam dados históricos do período de Jesus na Palestina, a exemplo da existência do Sumo Sacerdote judeu que presidiu o julgamento de Cristo e do governador romano que o levou à cruz. A mostra reúne objetos trazidos de Jerusalém para contar algumas passagens históricas ligadas ao judaísmo e ao cristianismo, como a construção do Primeiro e Segundo templos e os dias de Jesus Cristo. Com curadoria ficou a cargo de Naama Brosh e David Mevorah, do Museu de Israel Jerusalém.

Entre as peças que compõem o conjunto também está a “pedra da vitória”, entalhada por um rei de Aram, contendo uma inscrição que menciona a “Casa de David”, referência direta à dinastia fundada pelo Rei David. A mostra tem ainda a pedra funerária que marca o local do sepultamento de Uzias, um dos reis de Judah, cujo túmulo foi trocado de local quando da expansão de Jerusalém séculos após seu reinado. São peças que revelam a arquitetura real, a devoção religiosa e a administração durante o período do Primeiro Templo.

O espaço expositivo está dividido em duas partes. A primeira tem foco nos aspectos históricos, religiosos e políticos da Terra Santa, relacionados ao período do Primeiro Templo. São apresentados aspectos da devoção dos israelitas, com ênfase no Templo Sagrado e na centralização do culto em Jerusalém. Esta parte também tem a proposta de descrever a vida cotidiana dos israelitas, seus lares e tarefas domésticas. Já a segunda parte é voltada ao período do Segundo Templo, em Jerusalém, e ao início do Cristianismo. Fica claro o papel do Templo Sagrado e o estilo de vida dos primeiros cristãos.

O período Bizantino, entre os séculos IV e VII d.C, ganha destaque na parte final da mostra e complementa o milênio retratado, 600 anos depois. Nessa época, seguidores do judaísmo e do cristianismo viviam lado a lado e ambos dedicavam grandes recursos à construção de monumentais casas de oração, antigas sinagogas e igrejas. A reconstituição desses espaços, com pia batismal, altar e outros objetos, dá testemunho, principalmente, das semelhanças entre as duas religiões nesse período.

Por ser apoiadora do evento, a Lufthansa conseguiu abrir as portas da exposição com exclusividade para os clientes Frequent Flyers e ainda sorteou ingressos para os agentes de viagem que acessaram o site da Lufthansa.