O presidente dos Estados Unidos Donald Trump se mostrou mais uma vez contra o aborto. O líder assinou uma lei na última quinta-feira (13), em um evento de porta fechada, que permite aos Estados retirarem o financiamento público da Planned Parenthood e empresas que pratiquem o aborto. A rede de clínicas é conhecida por estar envolvida em polêmicas como a venda de tecido de fetos.
A assinatura cancela oficialmente uma regra do governo de Obama que impedia que os Estados negassem certos fundos a rede de hospitais e permitia que os Estados se recusassem a dar fundos à Planned Parenthood e organizações similares.
Retirar a Planned Parenthood dos fundos federais tem sido um dos principais objetivos dos conservadores sociais, embora a lei federal proíba o uso de dinheiro dos contribuintes para pagar abortos, exceto em casos de estupro, incesto ou grave risco para a saúde da mãe.
A nível nacional, a maioria dos americanos, incluindo 48% dos partidários, se opõem ao apoio financeiro que era realizado a Planned Parenthood. O texto foi aprovado por vantagem mínima no Congresso.
Efeito Cascata
Após a assinatura de Trump, outras clínicas dessa rede poderão ser fechadas. Um nome que está em destaque nessa iniciativa é Mike Pence, o vice-presidente, que como governador republicano de Indiana lançou o projeto de lei para retirar todo o financiamento federal da Planned Parenthood.
Após a assinatura, várias organizações conservadoras que incentivaram a lei comemoraram o gesto de Trump. “Dar prioridade à retirada de fundos da Planned Parenthood é uma vitória”, disse Marjorie Dannenfelser, presidente do Susan B. Anthony List, um grupo contra o aborto.
“Esperamos que o Congresso continue com seus esforços para retirar recursos públicos [da organização] através da reforma do sistema de saúde”, ressaltou.
A Planned Parenthood recebe 550 milhões de dólares (1,7 bilhão de reais) todo ano do orçamento federal dos EUA e outros 60 milhões de dólares (189 milhões de reais) dos Estados para cobrir “gastos médicos”. A legislação norte-americana proíbe financiar com recursos públicos os abortos – com exceção de casos de estupros, incesto e se existe perigo à vida da mãe.
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