Cada passo em direção a conhecer Cristo e Sua Cruz envolve riscos para um muçulmano. Assim que sua conversão para o cristianismo é descoberta, novos cristãos são pressionados e ameaçados por todos – família, comunidade e autoridades locais.
Com o consentimento de Ira, Tia, e Wati (nomes fictícios).
Batismo em secreto
“Orei a Deus para outro membro da família ser salvo. Deus respondeu minhas orações!” disse Ira, cuja irmã foi uma dos 14 novos cristãos batizados este ano. A Portas Abertas Internacional foi testemunhar o evento. Foi motivo para uma celebração discreta.
Os pais de Ira, todavia, eram ignorantes de sua fé em Cristo. Ela estava particularmente preocupada com a reação de seu pai, uma vez que descobrisse. “Pedi ajuda a um de meus amigos na igreja no caso de ele ter conhecimento disso.”
A mãe de Ira era cristã, mas voltou ao islamismo depois que se casou. Quando Ira ainda era muçulmana contava que no paraíso Deus separaria os cristãos dos muçulmanos. “Não queria que minha mãe fosse deixada no paraíso sozinha. Então, decidi tornar-me uma cristã. Meu pai não concordou com isso”, conta Ira.
Ela chorou enquanto relembrava a imagem de sua irmã emergindo das águas do batismo. “Por anos, esperei por este momento acontecer. Obrigada, Jesus!” Ela e sua irmã mais nova continuam a sobreviver com sua fé em secreto.
A fé separa uma filha
Como Ira, Tia escondia sua fé da família: “Quero conhecer Isa, mas como posso contar a minha família, já que todos estão na hajj? (peregrinação realizada à cidade santa de Meca pelos muçulmanos)”. Tia casou-se com um homem cristão e nenhum familiar compareceu no dia do casamento.Foi através de seu marido que Tia ouviu pela primeira vez de Jesus. “Ele nunca impôs sua fé. Era confuso. Duvidei de Cristo, mas ao mesmo tempo, eu quis aprendeu mais sobre Ele”, recordou. Através de um amigo cristão apresentado para um obreiro da igreja, foi que Tia o bombardeou com muitas questões.
Porém todas as questões de Tia terminaram quando experimentou o companheirismo com outros cristãos. “Quando os ouvi cantando ‘Quero amar Jesus para sempre’, fui tocada e lembrei-me daquela canção por muitos dias. Foi quando decidi tornar-me cristã”.
A escolha criou uma brecha entre Tia e sua mãe. “Isso era penoso. Não podia visitá-la. Ela não queria falar comigo. Enviei meus amigos algumas vezes, porque poderiam segurar sua mão enquanto eu não podia”.
Tia fadigava em oração, suplicando a intervenção de Deus em restaurar seu relacionamento com sua mãe. No dia em que sua própria filha nasceu Deus ouviu as orações de Tia: sua mãe veio conhecer o recém-nascido e ela. “Foi um grande presente de Deus. Senti muito a falta de minha mãe”, disse Tia.
Um pulsar do coração
Wati também se casou com um cristão, um viúvo com seis filhos. Contudo, não podiam viver juntos. “Sua casa era tão pequena para todos nós”, Wati disse. Ela juntou seus enteados e foi até a igreja, onde gradualmente aprendeu sobre Cristo e finalmente O recebeu em sua vida.
Embora fosse incapaz de ler e escrever, Wati entendeu a fé através dos sermões de domingo. Mais tarde, foi convidada para uma reunião na casa do pastor, onde encontrou outros cristãos que foram muçulmanos no passado. Aqui, Wati compartilhou sua dor.
“Quando meu neto tinha três anos, minha filha tornou-se cristã, desagradando seu marido muçulmano. Desde então, ele com frequência machucava meu neto e ela. Disse que batendo neles também bateria em mim, o que é verdade”.
Wati encorajou sua filha a se manter em oração por seu marido, mas o último decidiu seguir com o divórcio. “Por favor, continue orando por mim, minha filha, e meu neto. Não odeio meu genro; ainda tenho a esperança de que mudará. Mas, não posso mais ficar olhando minha filha ser abusada por suas mãos”.
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