O país está em estado de alerta, segundo informou a Conferência dos Bispos Católicos da Índia, em cujo extenso território a segurança foi reforçada após o atentado que sofreu o templo provisório hindu da cidade de Ayodhya, no Estado setentrional de Uttar Pradesh, no início deste mês. Após duas horas de tiroteio, a polícia indiana matou seis homens armados que tentaram assaltar esse templo dedicado ao deus hindu Ram.
O estabelecimento é fortemente disputado por hindus e muçulmanos e deu origem a graves choques inter-religiosos no passado. Em Ayodhya, fundamentalistas hindus destruíram em 6 de dezembro de 1992 a mesquita de Babri Masjid, do século XVI, porque, segundo diziam, erguia-se sobre um santuário de sua divindade Ram, e construíram um templo provisório. Daí resultou um massacre que causou mais de três mil mortos em todo o país.
Em 2002, mil muçulmanos foram assassinados no Estado de Gujarat em confrontos inter-religiosos com os extremistas hindus; então, as autoridades civis do BJP - "Bharatiya Janata Party" (BJP), partido nacionalista que respalda uma visão fundamentalista do hinduísmo e é o maior na oposição do país - foram acusadas de não ter feito o suficiente para frear esta matança.
Essa violência em Gujarat é uma conseqüência da terrível tragédia que aconteceu em Godhra, quando 59 hindus que voltavam de Ayodhya a bordo de um trem foram queimados vivos. Esse atentado foi atribuído a ativistas muçulmanos. Após os acontecimentos recentes, o primeiro-ministro indiano (do Partido do Congresso), Manmohan Singh, exortou à calma e pediu a todos os líderes políticos que ajudem a manter a paz pública e a harmonia comum.
Constatando que todo o país está abalado pelo ataque terrorista, acrescentou: "Nunca cederemos ao terrorismo", e afirmou que a agressão orientava-se a desestabilizar a sociedade e a política do país. "O governo vê o incidente como grave e todos os Estados foram alertados para adotar as precauções adequadas para proteger monumentos, instalações de segurança e lugares religiosos", acrescentou em uma declaração.
No dia seguinte do ataque, o BJP, por sua vez, convocava manifestações em todo o país - os violentos protestos estão acontecendo - e pressionava o governo a implantar uma lei que permita aos grupos hindus iniciar a construção do templo a Ram. Contudo, ainda não foi reivindicado o ataque de terça-feira a Ayodhya, lugar sagrado para hindus e muçulmanos, e fonte constante de choques religiosos durante séculos.
A igreja católica local condenou o ataque e recordou a tradição de harmonia e respeito entre as comunidades religiosas do país. O bispo de Vasai - ao norte de Bombaim -, Dom Thomas Dabre, relatou ao "Asia News" sua "profunda tristeza" pelo atentado. "Toda ação contra lugares religiosos deve ser condenada, sejam mesquitas, templos ou igrejas", afirma.
Segundo o prelado, o episódio da terça-feira entra em um "círculo vicioso de vinganças perpetradas por fanáticos. Violência chama violência", alerta. "Devemos atuar de forma que a paz e a harmonia se convertam em nosso objetivo comum".
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