Na alegria e na tristeza
Raquel foi convocada para o serviço militar em 1995. Enquanto cumpria seu treinamento recebeu uma fita evangelística e, sentindo-se tocada, foi assistir um culto por curiosidade. Foi durante essa reunião que ela abriu seu coração para Cristo e decidiu aceitá-lo como Senhor e Salvador. Ela não fazia idéia do que a aguardava.
Depois da conversão, Raquel ficou um ano e seis meses no exército. Quando estourou a guerra entre seu país e o país vizinho ela foi novamente convocada. Durante a guerra, ela serviu como instrutora dos recrutas.
Em seu segundo período como militar, Raquel não foi tão tímida a respeito de seu relacionamento com Jesus Cristo e apreciou muito a oportunidade de poder adorar com colegas cristãos. Mas o governo declarou os cultos ilegais e Bíblias ou qualquer material relacionado ao Evangelho foram proibidos.
Durante a guerra, Raquel se apaixonou por um soldado que está atualmente preso por causa de sua fé. Ela conheceu seu noivo em um culto de adoração no campo de treinamento, mas logo depois foi transferida para outra localidade, e o casal foi separado.
O noivo de Raquel está na cadeia há um ano e três meses. Pelo menos ela tem autorização para visitá-lo. Raquel descreve vividamente as condições em que encontrou seu noivo. Ele está detido em uma cela subterrânea, não vê a luz do sol, e sua saúde está se deteriorando. Está muito magro e debilitado, porque os detentos não são alimentados adequadamente.
Apesar da horrível condição em que Raquel encontrou seu amado noivo, ela afirmou que ele é corajoso e firme, apegando-se ao Senhor e obedecendo a Palavra de Deus, não importando o que houver. Mas Raquel confessa que teme pela vida dele, porque soube de três presos que morreram por causa das condições da prisão.
Ele é El Shadai
Um colaborador de Portas Abertas encontrou-se com Joquebede*, 21 anos de idade, quando ela passava pela capital do país, a fim de visitar seu marido, Arão*, em um hospital militar.
Arão foi preso durante um culto, quando cumpria serviço militar. Ele já está preso há um ano e oito meses. Em agosto ele caiu e quebrou a perna. Arão teve sorte de ser aceito em um hospital militar, um privilégio que não costuma ser concedido a presos cristãos. É de conhecimento geral que na África os detentos cristãos são obrigados a trabalhos forçados. Por isso, Arão deve ter sido ferido quando passava por punições físicas por sua fé em Cristo.
Joquebede trabalha como empregada doméstica, porém mal consegue prover as necessidades diárias de seu filho de três anos de idade. Sua cidade natal é famosa pelo clima quente, e Joquebede se submete a um esforço físico extenuante.
Arão foi repentinamente chamado para completar seu serviço militar em 1998 e deixou Joquebede sem qualquer reserva financeira. Mas enquanto ele cumpria seu período no exército, o governo pagava uma pensão mínima, que servia para bancar as necessidades mais básicas. Assim que Arão foi preso, contudo, o apoio financeiro foi interrompido.
Arão é cristão há sete anos. Tanto ele quanto a esposa vieram de famílias ortodoxas tradicionalistas. Arão chegara a ser conselheiro da Escola Dominical da Igreja Ortodoxa, mas conheceu a Cristo e foi expulso quando as autoridades eclesiásticas perceberam que seus sermões destoavam da doutrina oficial.
Joquebede e Arão se conheceram logo depois da conversão de Arão, em uma reunião de Escola Dominical da Igreja Ortodoxa em que Arão estava pregando a Palavra e compartilhando o Evangelho. Foi durante esse sermão que Joquebede convidou Cristo para sua vida. *Pseudônimos por segurança.
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