Nesta semana que antecede a Santa Ceia do filho pródigo, que acontecerá em todos os Cenáculos do Espírito Santo do Brasil, no próximo domingo (28), um depoimento vem ilustrar bem a realidade de muitos: uma vida de aparências.
Durante a programação da IURD TV desta última segunda-feira (22), Claudio Moraes revelou detalhes da vida ilusória que vivia, mesmo estando na presença de Deus e servindo como obreiro na Igreja Universal do Reino de Deus.
Chegada à IURD
“Eu me envolvi com drogas aos oito anos de idade e com o tempo passei a estar no meio dos traficantes. Fiz pequenos furtos. Como vi que nesse meio dava para ganhar dinheiro fácil comecei a traficar. Nisso, a minha vida complicou ainda mais, porque, além do medo de enfrentar a polícia, tinha que estar atento às facções rivais que poderiam se apossar do ponto”, revela.
Claudio disse que viveu um período conturbado, no qual o sossego não existia. “Comprava muita droga e acabei contraindo dívida com um dos traficantes que me jurou de morte. Vivia num estado de pânico, pois, quando me drogava, ficava alucinado, em alerta o tempo todo. Qualquer barulho me deixava vigilante”, disse.
Durante esse período, Claudio começou a frequentar a Igreja Universal a convite de uma colega. “Ia todos os dias e num determinado momento o traficante foi em minha casa cobrar a dívida. Quando fui pagá-lo, ele não aceitou e me contou que a minha dívida estava paga. Eu não esperava aquela atitude”, revelou.
Ao chegar à IURD, Claudio começou a participar dos encontros do Força Jovem e também das reuniões de libertação. “Eu dava a minha vida, buscava as almas e fui mudando, até que eu achei que havia sido batizado com o Espírito Santo, mas, na realidade, era puro sentimento”, afirmou.
A queda
Ele chegou a exercer o trabalho voluntário de obreiro, entretanto, não havia tido um encontro com Deus. Por causa disso, as funções que cumpria passaram a ser vistas como um fardo.
“Tinha o apelido de ‘Ambulância’, porque levava um monte de gente doente para a igreja, mas eu não tinha prazer de colocar o uniforme. Teve uma vez que eu comprei droga, levei para dentro do banheiro da igreja, usei e voltei para trabalhar como obreiro no salão. Depois que me afastei minha vida virou um inferno”, comentou.
Sem emprego, Claudio começou a furtar objetos de dentro de casa para manter o vício. “Quando me afastei da IURD, minha mãe me expulsou de casa e disse que eu era a desgraça da vida dela.”
Sem ter para onde ir, Claudio se tornou um andarilho e percorreu diversos estados brasileiros. “Morei em alberguesem São Paulo, virei mendigo no Paraná e assim fui sobrevivendo. Quando fui para o Mato Grosso, cheguei a comer esterco no meio do pasto de tanta fome. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, tive de beber águaem valeta. Exalava um fedor insuportável e as pessoas tinham medo de mim”, explanou.
A volta
Claudio revelou ter se sentido solitário e achava que Deus não o queria mais. Esse pensamento só mudou quando se lembrou da parábola do filho pródigo. “Voltei para São Paulo, mas não consegui me firmar na Igreja, porque achava que todos iam ficar me olhando. Eu me casei, mas nossa vida era um inferno. Depois de um tempo, decidi dar um basta àquela situação e fui até a IURD. Pedi ajuda a um pastor, pois queria ter minha comunhão com Deus”, relatou. E completou: “Lembrei que já tinha brincado com Deus, mas falei para Ele que dessa vez ia fazer tudo certo. Voltei ao primeiro amor, comecei a buscar ao Senhor e tive um encontro com Ele. Voltei a ser obreiro, tenho prazer em ganhar almas e minha esposa se converteu.
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