Guerrilheiros talebans ameaçaram nesta sexta-feira matar os 18 reféns da Coréia do Sul em seu poder no Afeganistão até as 12h de amanhã não sejam contatados para discutir exigências de resgate, informou um porta-voz do grupo radical. Homens armados do Taleban pararam um ônibus e seqüestraram 18 passageiros sul-coreanos –incluindo 15 mulheres– em uma rodovia que leva à capital do Afeganistão, Cabul, anunciou o grupo hoje.
O Taleban, movimento radical islâmico que dominava 90% do Afeganistão até 2001, quando foram derrubados pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, ainda oferecem violenta resistência em várias partes do país.
O porta-voz do Grupo Qari Mohammad Yousif Ahmadi afirmou que, entre as exigências para o retorno dos reféns está a retirada das tropas da Coréia do Sul do Afeganistão.
Ahmadi disse ainda que as autoridades afegãs deverão libertar todos os talebans presos no momento.
Os sul-coreanos são missionários evangélicos que foram seqüestrados na Província de Ghazi. Informações não-confirmadas indicam que há também dois alemães em poder dos talebans.
Seqüestro (leia mais)
Os sul-coreanos foram seqüestrados na Província de Ghazni quando viajavam entre Cabul e a cidade de Kandahar, no sul do país. O sul é uma região particularmente violenta e palco de um recrudescimento do movimento Taleban nos últimos anos.
O motorista do ônibus, que foi libertado na noite de ontem, disse que havia 18 mulheres e cinco homens no ônibus. As diferenças entre os números do motorista e os oferecidos pelo Taleban não puderam ser resolvidas até momento.
Dezenas de talebans pararam o ônibus e o levaram para um deserto antes de abandonarem o veículo e forçarem o grupo a andar por cerca de uma hora, disseram policiais.
O Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Sul confirmou que cerca de 20 sul-coreanos foram seqüestrados em uma área próxima de Cabul ontem. O ministério, porém, não divulgou detalhes sobre quantos exatamente foram levados e por quem.
A agência de notícias sul-coreana Yonhap afirmou hoje que os reféns são membros da Igreja da Comunidade Saemmul em Bundang, ao sul de Seul. Um oficial da igreja confirmou que 20 membros estavam no Afeganistão para trabalho voluntário e disse que a instituição não estava conseguindo contatá-los.
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