Andrey, 14 anos, é um dos 79 superdotados identificados nas escolas públicas de SP. Ele gosta de história, tem boa memória e estuda japonês.
Aos 7 anos, Andrey Ferreira Caires era considerado um garoto problema. Sua mãe foi convocada pela escola para transferir o aluno – chamado de “demônio” pela professora da época. A diretora até recomendou que a criança fosse matriculada em uma instituição para deficientes mentais. Hoje com 14 anos, Andrey descobriu qual era o seu “problema”: ele é superdotado.
Andrey é um dos 79 superdotados identificados pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo nas escolas da rede pública do estado.
“Eu era impossível. Algumas professoras me criticavam, me xingavam. Acabaram me expulsando da escola”, relembra. A notícia das altas habilidades não provocou muita comoção no garoto, que afirma que tudo continua igual. Mas, quando perguntam se ele tem mesmo mais facilidade com a matéria do que os colegas, ele é enfático: “Sim, eu sou superdotado”.
Na escolinha em que deveria ter feito a 1ª série, Andrey manifestava a sua hiperatividade, diagnosticada depois de sua saída. Até hoje o mocinho – o rosto de Andrey já dá os primeiros sinais de um bigode que está por vir – recebe acompanhamento de psiquiatra. Todos os dias são três remédios que ajudam a controlar a ansiedade.
Quieto no primeiro contato, Andrey logo mostra o jogo: gosta de história, principalmente da Idade Média; tem facilidade com a matéria (muito maior do que a dos colegas); articula bem o discurso; e tem a memória mais apurada do que a média – mostra isso, por exemplo, quando narra as próximas cenas de videoclipes. Ah, e estuda japonês.
Duas vezes por semana, Andrey freqüenta as aulas do idioma oferecidas no próprio bairro, Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. “Olha, isso aqui é ‘mulher’ e esse outro aqui é ‘filho de uma …’. Pesquisei na internet para saber”, brinca ele, mostrando o caderno com a grafia oriental.
A coordenadora pedagógica da escola estadual onde Andrey estuda, Yara Gouveia Franco, conta que as habilidades do menino chamaram atenção. “Ele tem uma alta habilidade no discurso, faz tentativas de liderança no grupo, gosta de questões da atualidade, como aquecimento global, geografia, tem algumas estratégias matemáticas, que desenvolve sozinho”, afirma.
“E tem também uma memória auditiva muito desenvolvida. Às vezes, ele nem anota o que o professor passou na lousa, mas se lebra de tudo”, diz Yara.
No colégio, ele permanece nas classes comuns e até leva bronca. “A professora de matemática disse que eu estava destruindo a aula dela, só porque estava conversando com minhas amigas”, conta. Na prática, o que Andrey tem de diferente é o número de atividades: ele sempre tem mais tarefa do que os amigos, como forma de complementar o conhecimento.
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