"Nós não vamos nos manter em silêncio em meio à perseguição que os cristãos estão enfrentando", afirmou o Rev. Ayo Oritsejafor, presidente da Associação Cristã da Nigéria, ao World Watch Monitor, em 7 de março.
"Os assassinatos no norte da Nigéria são condenáveis ​​e são atos de maldade para a humanidade", disse Oritsejafor. "É lamentável que os fiéis estejam sendo mortos em suas casas e locais de culto. Nós estamos tristes com esta tendência e vamos continuar a orar a Deus para que esta situação insuportável que estamos passando no norte da Nigéria chegue ao fim."
Ataques mortais estavam sendo realizados em uma base nos estados centrais e na porção norte oriental da Nigéria. Na noite de 8 de março, três igrejas foram queimadas em um ataque atribuído ao Boko Haram na cidade de Fota, na área da administração local de Gombi, no estado de Adamawa.
Os protagonistas dos ataques, suspeitos de participarem do grupo militante da insurgência islâmica Boko Haram, também incendiaram uma delegacia e mataram sete policiais antes de se deslocarem às igrejas, disse o Rev.Lawrence Dim.
"Muitas pessoas fugiram da área, mas [os agressores] queimaram três igrejas. Também feriram algumas pessoas e tiraram a vida de outras", disse Dim ao World Watch Monitor, embora não tenha estimado o número de vítimas.
Em 26 de fevereiro, ao menos 14 pessoas foram mortas em ataques coordenados por combatentes fortemente armados do Boko Haram nas aldeias de Kirchinga, Michika e Shuwa, do estado de Adamawa. Muitas propriedades, incluindo três igrejas, foram incendiadas. Mais de 400 pessoas foram mortas nos estados de Borno, Adamawa e Yobe.
No centro da Nigéria, amplamente chamada de cinturão Oriente, a comunidade Berom, predominantemente cristã, sofreu grandes perdas após ​​ataques crescentes.
Dezoito pessoas, a maioria delas mulheres e crianças, foram mortas em 4 e 5 de março em quatro aldeias – Dorok, Gwon, Gwarama e Gwarim; todas na área de administração local de Riyom, no estado de Plateau. Entre as vítimas estavam oito pessoas de uma mesma família. Os assassinos, vestindo uniformes de estilo militar e armados com armas sofisticadas, queimaram mais de 200 casas, igrejas e outros lugares de oração.
De acordo com um sobrevivente, que se identificou como Peter Daniel, os agressores juraram aniquilar os residentes que retornassem às aldeias.
Em todo estado de Plateau, pelo menos 163 pessoas foram mortas em ataques por suspeitos Fulanis desde o início do ano. Cada onda de violência traz novas críticas por parte da Associação Cristã da Nigéria (ACN) e outras associações, que acreditam que as forças de segurança nigerianas não estão fazendo o suficiente para parar os assassinatos.
De 160 milhões de nigerianos, cerca de 70 milhões são cristãos. A ACN é seu grupo mais representativo, compreendendo cinco grandes grupos denominacionais: a Igreja Católica da Nigéria, o Conselho Cristão da Nigéria, a Irmandade Pentecostal da Nigéria, a Organização de Igrejas Africanas Instituídas e a Igreja Evangélica Vencendo Todos.
O Rev. Oritsejafor, presidente da ACN, apelou aos órgãos governamentais e de segurança a serem proativos no sentido de proteger a vida das pessoas e suas propriedades. Em 5 de fevereiro, o presidente da Nigéria Goodluck Jonathan demitiu seus chefes do exército, substituindo-os por novos generais com ordens para combater o Boko Haram. Mais recentemente, um porta-voz do presidente reconheceu o conflito com o Boko Haram como uma "situação de guerra" e que o Exército está lidando com um "inimigo sério".
Em 9 de março, o presidente pediu oração para derrotar a insurgência. "Precisamos de mais orações para acabar com o terrorismo. Com orações e as medidas postas em prática, vamos superar os desafios", disse, em um discurso na sessão de abertura da Conferência de Bispos Católicos da Nigéria, em Abuja, a capital federal.
A incapacidade do governo em acabar com a onda muçulmana tem levantado muitas críticas de líderes religiosos e políticos. Está previsto que a violência aumentará à medida que se aproximam as eleições federais, marcadas para fevereiro de 2015.
A eleição em 2011, de Jonathan, um cristão do sul da Nigéria, desencadeou uma violência sem precedentes em todo o norte de maioria muçulmana, em que pelo menos 170 cristãos foram mortos, centenas foram feridos e milhares desabrigados, e mais de 350 igrejas foram queimadas ou destruídas por bandos.
Pedidos de oração
Ore para que essa situação na Nigéria chegue ao fim e a população consiga conviver em paz.
Peça pelos cristãos que têm sido ameaçados e perseguidos diariamente. Para que o conforto do Senhor seja derramado em seus corações.
Interceda pelos membros do grupo extremista Boko Haram, para que eles encontrem a verdadeira salvação em Jesus.
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