Tenho andado com o coração apertado! Muito apertado! Todos temos tantos desafios diários! É tão difícil honrarmos a Cristo com nosso dia a dia. Creio, que muitos de nós, são cutucados pela consciência, por não entregarmos tudo, não irmos até o final, ou não cumprirmos o ide com eficiência.
Em nossas igrejas, há tantos conflitos em ação, tantas mentes sendo sufocadas por mentiras, tantas famílias sofrendo, tantos jovens se corrompendo, tantas lideranças depressivas, tantas pessoas cansadas, tantos dilemas complicados, mas parece que conseguimos achar tempo para nos dedicar tão bem a criticidade e tão pouco a compaixão. Parece que nossa atividade cristã é mais habilidosa na área das ideias, do que em cuidar de quem precisa.
Temos tantas coisas para nos ocupar! Tragédias bem debaixo do nosso nariz, mas continuamos torcendo o nariz para os distantes.
OK, a criticidade não é algo simples. Obviamente, exige inteligência, postura, lastro moral e bons argumentos. Reconheço que é preciso bagagem pra entrar nesta viagem!
Mas basta alguns cliques, toques no teclado e um PUBLICAR e pronto, fizemos nossa parte. Daí apagamos as luzes, saímos da sala e voltamos pro jogo de futebol, pra piada do português, ou para a fofoca mais quentinha sobre as novidades da igreja vizinha.
É como se nosso texto fosse um laborioso serviço a favor do evangelho! Aquela tarefa tão nobre, que o chefe até te dispensa das outras, por executar esta, tão bem! Ganha folga e curte um sorvete de chocolate na padoca!
Agora, a compaixão exige muito mais! Ela começa confrontando nosso orgulho! Tira nosso salto e nos coloca na altura do outro! Nos faz recordar nossa posição diante do Senhor e nossa constante rebeldia! Nos iguala e nos convoca pro amor.
É verdade que apontar o dedo é capaz de mostrar erro, mas estender as mãos ajuda a corrigi-los.
Compaixão nos leva a oração, lágrimas, dor e compreensão.
Nos coloca no lugar do outro e isto nos ajuda a irmos a outros lugares com a nossa visão! Passamos a pedir que Deus nos dê mais oportunidades do que argumentos! Clamamos pela chance de chegar perto, de influenciar, de dar apoio, de agregar!
Eu não tenho nenhuma amizade com o Thalles e não sou fã dos seus últimos trabalhos musicais, como muitos não são dos meus CDs também. Faz parte! Não o considero um grande comunicador das verdades do evangelho, como também não me considero assim!
Percebo pontos conflitantes em suas falas, mas também muita coisa harmoniosa e abençoadora. Independentemente do que acho do ThalLes, sofro com a forma que a Igreja, ou parte da Igreja virtual, vem tratando nosso irmão. Sim, nosso irmão. Que quase morreu de overdose, mas que foi resgatado por Jesus!
Jesus o tirou das trevas. O salvou do lodo! Eu creio nisto, porque quem sou eu pra julgar se Jesus interferiu ou não na história de alguém?
Ele é meu irmão! Temo que seu coração seja dilacerado pelas coisas que dizem dele.Pelas ridicularizações. Pelos deboches! Pelo tom de superioridade com que enfatizam seus equívocos. Dói.
Não tenho acesso a ele e se tivesse, não creio que minhas opiniões fariam alguma diferença na forma dele pensar. Mas oro para que Deus levante gente do bem, profunda e piedosa para acompanha-lo. Como desejo que ele seja cercado por gente parecida com Cristo.
Imaginem, cartas abertas ao Thalles! Não com ódio, chocarrice, ou banalidades, mas com pontuações bíblicas e abordagem respeitosa. Faria efeito? Não sei, mas o que tem sido feito tem qual efeito, além de colocar uma coroa de "eu entendo a bíblia e este cara é um idiota" na cabeça dos que criticam?
Algumas coisas que ele diz nem são erros teológicos (na minha opinião leiga), mas consequências de uma má construção frasal e de má articulação das ideias. Coisas que, repito, todos nós passamos.
Já ouvi gente muito top, reformada, de Deus, falando coisas absurdas, ou desconexas. Se eles tivessem o espaço e a audiência que o Thalles tem, seriam ridicularizados pelos mesmos que hoje, junto deles, ridicularizam os outros.
Eu já falei - e ainda falo - coisas equivocadas! Só tenho menos gente me olhando, me condenando e me confrontando, simplesmente porque eu quase nem cheiro, no universo gospel.
Mas convido a você que me lê, a orar mais por nossos irmãos midiáticos! Orem para que não sejamos a causa do sofrimento de uma casa. Orem para que haja iluminação do Senhor em nós e neles.
Sei que temos preferência pelos anônimos, aflitos por não terem o que vestir. Glória a Deus por isto. Temos que prioriza-los mesmo. É quando visitamos o preso que encontramos Jesus. É quando alimentamos o faminto que abraçamos o Emanuel.
Mas, é possível honrar estes pequeninos, sem desprezar os que parecem não precisar do nosso afeto. Acredite, eles precisam, mesmo que não reconheçam!
Tenho certeza que se gastarmos a mesma energia que investimos para "defender o evangelho", para usar o evangelho para defender os sofridos, faríamos muito mais diferença no Reino.
Aos que são arautos da verdade, que Deus os abençoe e oriente sempre.
Aos que possuem profundo preconceito em relação aos midiáticos, ou a alguns deles, que isto seja vencido, porque não vem do Senhor.
Aos que, com zelo sincero, se ofendem e se enervam com falas totalmente contrárias ao Jesus de Nazaré, desejo oportunidades! Que vocês abençoem essa geração com seus ensinamentos. Que crianças, adolescentes, jovens, adultos, famílias inteiras sejam pastoreadas por sua excelente visão celestial.
Que vocês possam convidar os caras que escutam o Thalles, pra escutar você, e que isto seja um grande diferencial na vida deles.
Que tua profundidade salve gente, obviamente, na ação do Espírito Santo. Que Ele aja por meio de ti.
Que bairros, escolas, igrejas, ambientes sejam edificados pelas palavras e ações do teu ministério.
Aos que não sabem o que fazer, como eu muitas vezes não sei, que Deus nos ajude a ajudar!
Oro pelos que estão na casa de vidro. Oro para que a paz segure minhas mãos irritadas, para que minha pedra não quebre o teto, nem ajude a ferir os que serão atingidos pelos estilhaços.
É só minha opinião, mas acredito que nesta opinião, não estou só.
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