O governo da Síria aprovou uma lei que proíbe mulheres de usar o véu islâmico que cobre todo o rosto em universidades do país.
O Ministério da Educação sírio informou que a proibição, decretada no domingo, vale apenas para o niqab, o véu que cobre o rosto. O hijab, que cobre apenas os cabelos e é muito popular no país, continuará sendo permitido.
A proibição vale tanto para as universidades públicas quanto para as privadas.
Com o anúncio, a Síria se junta a outros países árabes considerados seculares, como Egito e Jordânia, que aprovaram leis semelhantes ou lançaram campanhas para inibir o uso do niqab.
O governo sírio diz que a nova lei visa a proteger a identidade secular do país.
No mês passado, antecipando a legislação, as autoridades remanejaram centenas de professoras de escolas primárias que usam o niqab, para cargos administrativos, segundo jornais locais.
Ao contrário do hijab, o niqab não é muito popular na Síria. Mas seu uso vem crescendo, alarmando o governo, que o considera uma ameaça às leis seculares do país.
Secularismo
O crescimento do uso do niqab vem sendo considerado uma ameaça em alguns países ditos seculares do Oriente Médio.
No Egito, três importantes autoridades religiosas apoiaram uma lei de 2009 que proíbe o uso do niqab em universidades sob o argumento de que não há base no Islã para seu uso.
No ano passado, a Jordânia foi outro país árabe que lançou uma ação para inibir o véu. O governo iniciou uma ampla campanha alertando a população para o aumento de crimes, como roubos, cometidos por homens que usavam o véu como forma de disfarce.
A campanha ganhou apoio de vários segmentos da mídia do país e de setores mais liberais da sociedade jordaniana.
No Líbano, o país mais liberal do mundo árabe, também houve campanhas de religiosos moderados e autoridades do governo pedindo um uso mais discreto do véu, embora nenhuma lei tenha sido aprovada.
A Turquia já havia banido o niqab em universidades mas, em anos recentes, líderes religiosos tentaram reviver o uso do véu em locais públicos.
Europa
As medidas aprovadas por alguns países árabes formam uma tendência atual na Europa.
Em diversos países europeus, a proibição do véu islâmico em locais públicos vem sendo discutida há anos e se tornou um assunto polêmico devido à presença de comunidades muçulmanas nestes países.
Na França, o Parlamento aprovou em primeira instância uma lei proibindo o uso do véu, argumentando que o niqab e a burqa feriam os valores franceses. A lei deverá ainda ser aprovada pelo Senado.
Anteriormente, o governo francês já havia lançado uma campanha coibindo o uso de qualquer símbolo religioso em escolas.
Outros países europeus, como a Espanha, Grã-Bretanha e Holanda, vêm considerando aprovar um lei banindo seu uso.
Alemanha e Bélgica já têm leis em algumas cidades e províncias que proíbem o uso do véu.
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