No mês passado, o Parlamento birmanês elegeu um novo presidente. O nome dele é Htin Kyaw, o primeiro civil no cenário político da Birmânia desde o golpe de Estado, em 1962. Depois de se formar na Universidade de Rangoon, em 1968 e na Universidade de Londres, em 1975, ele ocupou vários cargos nos ministérios de educação, planejamento e tesouraria. Segundo a BBC News, o novo governo vai ter que lidar com o grande poder dos militares, principalmente por ser um homem de confiança de Aung San Suu Kyi. Agora o país tem o início de uma nova era depois de décadas sob o regime militar.
O novo governo terá uma árdua missão pela frente, para promover grandes reformas, principalmente nas áreas de educação e saúde. “A notícia da nova presidência é muito boa. Pela primeira vez teremos um não-militar no comando, mas devemos ficar atentos porque o vice-presidente é um militar linha-dura, capaz de qualquer coisa para prejudicar a LND – Liga Nacional para a Democracia. Por outro lado, porém, a grande novidade é o segundo vice-presidente que é um cristão do estado de Chin, defensor das minorias e que diz estar disposto a trabalhar para todo o país. A presença dele é encorajadora para a igreja de Cristo em Mianmar”, comenta um dos analistas de perseguição.
Enquanto isso, de acordo com notícias do The Irrawaddy, o governo da LND anuncia que vai remodelar e também fundir ministérios, criando um especialmente para as minorias étnicas, fortalecendo aquele que cuida das fronteiras, entre outras decisões. O AsiaNews também informou que Suu Kyi vai assumir a responsabilidade de quatro ministérios: Educação, Relações Exteriores, Gabinete do Presidente e Energias. E como ela mesma já declarou: "Considero estar desempenhando um papel que está acima do presidente". Suu Kyi sempre foi como uma mãe para Mianmar, uma nação que clama por liberdade, melhores condições e líder moral do país que levou seu partido à vitória, mas não ocupou a presidência por causa de uma cláusula constitucional. "É possível que os cristãos sejam beneficiados, não só pela presença dela cada vez mais ativa no governo, mas por que agora também existe alguém que represente os cristãos, o segundo vice-presidente", conclui o analista.
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