O governo do Irã anunciou que um suposto manuscrito da Bíblia, com mais de 1500 anos, tem informações que podem abalar com as estruturas do cristianismo, abalando o entendimento sobre alguns dos seus maiores ensinamentos.
De acordo com o jornal Daily Mail, “o livro foi confiscado na Turquia em 2000, durante a investigação e prisão de uma quadrilha de contrabandistas de antiguidades”.
Autoridades religiosas de Teerã insistem que o texto prova que Jesus nunca foi crucificado, e que não era o Filho de Deus, mas um profeta. O livro, inclusive, chega a chamar Paulo de “Enganador.” O manuscrito diz também que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter sido crucificado, e que Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu lugar. Falaria ainda sobre o anúncio feito por Jesus da vinda do profeta Maomé, que fundaria o Islamismo 700 anos depois de Cristo. O texto prevê ainda a vinda do último messias islâmico, que ainda não aconteceu.
Segundo as autoridades turcas, o texto é uma versão autêntica do Evangelho de Barnabé, um discípulo de Jesus que ficou conhecido por suas viagens com o apóstolo Paulo descritas no Livro de Atos. O livro afirma que Jesus não foi crucificado e também diz que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter sido crucificado, e que Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu lugar.
“A descoberta do original texto de Barnabé vai revolucionar a religião no mundo”, diz o relatório Basij, que também afirma: “A descoberta da Bíblia de Barnabé original irá minar a Igreja Cristã e sua autoridade e vai revolucionar a religião no mundo. O fato mais significativo, porém, é que esta Bíblia previu a vinda do profeta Maomé, mostrando a verdade da religião do Islã”.
A Basij afirma que o capítulo 41 do Evangelho diz: “Deus disfarçou-se de Arcanjo Miguel e mandou (Adão e Eva) embora do céu, (e) quando Adão se virou, ele notou que na parte superior da porta de entrada do céu, estava escrito La elah ELA Allah, Mohamadrasool Allah”, “significado Alá é o único Deus e Maomé o seu profeta”.
O apresentador de TV e estudioso de assuntos iranianos, Erick Stakelbeck, afirmou ao site WND que “ao promover a chamada Bíblia de Barnabé, que não é aceita por nenhuma denominação cristã dominante, o regime iraniano tenta mais uma vez desacreditar a fé cristã”. Segundo Stakelbeck “o regime iraniano está empenhado em erradicar o cristianismo usando todos os meios necessários. Isso significa a execução de muçulmanos convertidos, queima de Bíblias ou invasão das igrejas subterrâneas”.
Mantido em segredo em um cofre-forte na cidade de Ancara desde 2000, o livro agora será colocado em exposição pública.
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