O missionário Dan* (nome alterado por motivos de segurança) serve em uma área do sudeste da Ásia, um lugar onde ninguém gostaria de ir. Nem mesmo o grupo missionário com o qual ele trabalhou não queria acompanhá-lo. "Durante minha designação, eu sabia que eu não estava autorizado para ir", disse o estudante do Seminário Gateway.
“Então eu fui para uma escola de idiomas para um lugar diferente e, finalmente, poderia provar que todos os motivos que me davam para eu não seguir meu chamado eram inválidos", disse. Finalmente ele foi liberado para seguir como missionário, mas ele não receberia qualquer apoio para estar lá. Apesar disso, Dan era destemido e foi assim mesmo.
"Eu tive que encontrar um emprego, porque os trabalhadores cristãos não são permitidos lá", disse ele. "Eu também sou o único ‘cara branca’ da região", ressaltou. Na verdade, ele estava em perigo, porque a área era predominantemente muçulmana. Um pequeno passo em falso poderia levar à sua prisão.
No entanto, quando ele estava procurando um lugar para ficar, alguém lhe apresentou um homem que tinha um quarto para alugar. Esse homem, por acaso, era um funcionário do governo. Dan se sentiu mais protegido ao se tornar amigo dele.
Oportunidades
Além disso, houve outras vantagens. "Viver em uma outra região te faz aprender a lingua local de uma forma significativa", disse ele. "Eu estava totalmente imerso na cultura". Com o tempo, ele começou a estabelecer relações que abriram oportunidades de compartilhar o Evangelho. No entanto, ele não viu nenhum resultado por sete anos.
"Se eu fosse falar de Deus para alguém, essa pessoa iria para a casa de sua família para discutir a possibilidade de aceitar a Jesus como o Salvador deles. E a família diria que não", disse ele. "Nenhuma decisão pode ser feita a menos que a família seja consultada", explicou.
Ele viu a mesma coisa acontecer de novo e de novo. "Os primeiros anos foram difíceis", disse ele. "Mas quando você cai no chão, quantas vezes você se levanta? Se você tem um chamado de Deus, você não tem escolha. Você se levanta o tempo todo. Você se levanta o tempo todo", enfatizou.
Métodos e técnicas
Dan explicou que não havia um bom método de evangelismo quando ele começou. Técnicas de evangelismo para trabalhar com uma pessoa de cada vez estavam dando certo nos Estados Unidos, mas não funcionou lá. Ao iniciar um segundo período de trabalho, ele decidiu tentar algo novo.
"Eu iria para uma casa, eu me encontraria com todo o círculo familiar e estabeleceria relações", disse ele. "Essa estratégia fez uma grande diferença. Eu comecei com um grupo e acabou com um grupo. Isso é bíblico. Eu não estava pegando um peixe. Eu estava pegando um monte de peixe", disse.
Dos cinco primeiros cristãos, o número de convertidos cresceu. "Muitos jovens começaram a viajar para experimentar o que eu estava fazendo", disse ele. "Eles ficavam com uma família local e pregava para eles", explanou. Ao longo do tempo, o número de pequenas congregações se tornou 50. Agora - depois de 18 anos no país - há cerca de 500 grupos envolvendo cerca de 10 mil cristãos.
"Nós damos treinamento de liderança para cerca de 300 pessoas ao mesmo tempo", disse Dan. "Há um curso de liderança de base, e um currículo mais profundo". Ele explicou que, embora a maioria na área ainda seja muçulmana, há pouca participação. E as pessoas estão curiosas sobre Jesus.
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