O pastor Marco Feliciano (PSC-SP), candidato à reeleição como deputado federal, afirmou que se fosse o colega de partido pastor Everaldo Pereira, desistiria da corrida ao Palácio do Planalto para apoiar Marina Silva (PSB).
“Neste momento, dadas as circunstâncias, se eu estivesse no lugar do Pastor Everaldo, eu pensaria em declinar da campanha e migrar para Marina, para não haver divisão no meio cristão”, afirmou Feliciano ao jornal O Estado de S. Paulo.
Everaldo Pereira oscilou de 3% para 1% nas últimas pesquisas de intenção de voto realizadas pelos institutos Ibope e Datafolha. A queda aconteceu justamente após a entrada de Marina na disputa, substituindo o falecido Eduardo Campos.
Com esse cenário, Marco Feliciano acredita que a melhor opção é juntar forças para derrotar o PT: “Neste momento, Dilma já deu motivos para todo o movimento cristão para ir com Marina”, comentou o pastor.
Quando era presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), Feliciano nutriu críticas a Marina Silva por conta de sua postura em temas polêmicos, como aborto e casamento gay.
A ex-senadora afirmou que pessoalmente é contra a interrupção da gravidez, mas defenderia um plebiscito para o povo expressar seu pensamento, assim como aceita o direito dos homossexuais à união civil, mas acredita que a palavra “casamento” deve ser destinada apenas aos casais formados por homem e mulher.
Agora, com a dinâmica que a política impõe, Feliciano fala abertamente em apoio à candidata, e comentou a recente polêmica envolvendo a mudança feita no programa de governo de Marina nas ações para o movimento LGBT. O pastor disse ter ficado chocado com a primeira versão do documento, que havia sido redigida por ativistas gays do PSB e pregava a distribuição de materiais didáticos voltado às crianças matriculadas na rede pública de ensino, incentivo à adoção de crianças por casais homossexuais e a criminalização da “homofobia” nos termos do antigo PLC 122.
Com a mudança, Feliciano afirmou que ficou satisfeito: “Marina quis dizer, na mudança do projeto de governo, que não vai influenciar as crianças na escola. Uma coisa é você ensinar a criança a não ser preconceituosa. Outra coisa é você doutrinar a criança e dizer a ela que tudo isso é tranquilo e que ela pode inclusive experimentar. Nesse quesito, Marina foi clara. A presidente Dilma, não”, disparou.
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