SBB nega que tenha autorizado texto para “Bíblia gay”
Sociedade Bíblica faz esclarecimento sobre uso do texto
Quando foi lançada nos Estados Unidos, a primeira Bíblia Gay fez muito alarde na mídia, mas suas vendas foram bem abaixo do esperado. O principal motivo para o fracasso do ponto de vista comercial é que o texto da versão inglesa tinha apenas 8 versículos “reescritos”: Gênesis. 19:5, Levítico 18:22 e 20:13, Romanos 1:26 e 1:27, 1 Coríntios 6:9, 1 Timóteo 1:10 e Judas 1:7.
Grande parte da chamada “comunidade cristã gay” queria algo mais que a substituição de alguns termos para uma linguagem mais inclusiva. A liberdade para modificar o texto ocorre por que em inglês, como em várias outras línguas, o texto bíblico é de domínio público.
No Brasil a legislação é diferente e para se imprimir uma Bíblia é necessária a autorização de quem detém os direitos daquela tradução. A mais popular do país, que leva o nome de João Ferreira de Almeida, pertence à Sociedade Bíblica do Brasil (SBB).
Esta semana a revista Veja publicou uma matéria, que foi reproduzida por vários sites, inclusive o portal Gospel Prime, dando conta que a SBB teria autorizado a publicação da primeira versão comentada pró-LGBT.
O texto da “Bíblia Graça Sobre Graça” permaneceria o mesmo, mas os comentários assinados pelo pastor Marvel Souza trariam “correções” nas interpretações dos textos que condenam a homossexualidade. Seria uma modificação que se apartaria de tudo que o judaísmo e o cristianismo sempre disse sobre a questão do envolvimento sexual de pessoas do mesmo sexo.
Após a publicação da matéria, a SBB enviou nota de esclarecimento para a redação do Gospel Prime. Ela desmente as informações de Veja, mas não esclarece que medidas estão sendo tomadas para evitar sua publicação.
A mesma é assinada por Erní Walter Seibert, Secretário de Comunicação, Ação Social e Arrecadação da Sociedade Bíblica do Brasil:
“Em relação à nota A Bíblia de Todas as Cores, publicada na revista Veja Brasília, em abril último, a Sociedade Bíblica do Brasil esclarece que esta publicação não possui qualquer relação com a SBB, nem o tema faz parte de sua linha editorial.
Com a expectativa de ter esclarecido o assunto, a SBB agradece a atenção e coloca-se à disposição para dirimir eventuais dúvidas que ainda possam surgir”.
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