Um sacerdote e um seminarista católicos foram presos na província chinesa de Hebei por realizar seu trabalho de evangelização em comunhão com o Papa. Sete ou oito furgões policiais foram mobilizados pelo Departamento de Segurança no condado de Qing Yuan Xian para levar a cabo a detenção, às 15 horas do dia 2 de setembro, do sacerdote Pang Yongxing e do seminarista Ma Yongjiang, ambos da "Igreja clandestina" - que reconhece a autoridade do Papa mas não está oficialmente aprovada pelo governo comunista de Pequim.

O padre Pang, de 32 anos, é originário do povoado de Pang Qu, do condado de Qing Yuan, na citada província do norte da China e que é a zona de maior concentração de católicos, com aproximadamente um milhão e meio de fiéis. Junto à denúncia dessas novas detenções, o comunicado enviado por "The Cardinal Kung Foundation" aponta que o sacerdote já havia sido preso em 2001. Na ocasião ele foi enviado a um campo de trabalho por três anos.

Desde sua libertação, há um ano, o padre Pang esteve desenvolvendo seu trabalho em uma igreja "clandestina" no condado de Qing Yuan, que conta com cerca de oitocentos católicos "clandestinos", pois não faz parte da Associação Patriótica, uma espécie de Igreja oficial controlada pelo Partido Comunista. Ma Yongjiang, de um seminário "clandestino", concluiu recentemente seus estudos e estave ajudando na paróquia do padre Pang.

A organização "The Cardinal Kung Foundation" foi criada pelo cardeal Kung Pin-Mei (falecido em março de 2000, aos 98 anos de idade), bispo de Xangai que teve de se exilar nos Estados Unidos em 1987 junto a seu sobrinho. Com sede em Stamford (Connecticut, EUA), a fundação se dedica à promoção da liberdade religiosa na China e tem feito apelos ao governo chinês para que liberte os que estão prisioneiros por motivos religiosos.