Na noite de 28 de novembro, seqüestradores anônimos libertaram um sacerdote caldeu católico em Bagdá. Na última vez que foi visto, há nove dias, ele celebrava uma missa em sua paróquia de Bagdá.
Os raptores deixaram o sacerdote Doglas Yousef Al-Bazy em uma rua perto do bairro Naariya, às 19h30. Foi o bispo auxiliar de Bagdá, Andreas Abouna, que infomou a agência de notícias Compass, em Bagdá.
Depois de visitar Doglas na manhã de ontem, em um hospital onde ele recebia cuidados médicos, Andreas disse que o sacerdote não havia sido torturado por seus seqüestradores.
"Não havia nada sério", ele comentou. "Demorou só uma semana para ele ser encontrado, então foi bem rápido."
O bispo disse que Doglas estava se sentindo emocionalmente "forte" e que ele planejava prosseguir com seu trabalho na Igreja São Elias, no bairro de Naariya.
"Eu sei que as orações das pessoas me salvaram", Doglas disse a Andreas durante o encontro deles no hospital.
Esse sacerdote caldeu não está desacostumado à violência de Bagdá. Santa Mari, sua antiga paróquia, foi uma das atingidas nas explosões coordenadas em 29 de janeiro. Em fevereiro, ele foi baleado enquanto abrigava uma mulher grávida na igreja, durante um tiroteio.
Em uma entrevista com o grupo alemão de direitos humanos Sociedade das Pessoas Ameaçadas (GfbV, sigla em alemão), concedida e, Munique, no inverno, Doglas disse não ter medo de voltar ao caos de Bagdá.
"eu devo voltar à minha paróquia. Ela precisa e mim mais do que nunca. Minha vida está nas mãos de Deus", disse ele.
Ainda não está claro se pagaram o dinheiro do resgate pela libertação de Doglas. Os seqüestradores do sacerdote pediram resgate na terça-feira, quatro dias depois do seqüestro.
Andreas comentou que os seqüestradores contataram um amigo pessoal do sacerdote Doglas, que não é da igreja. "Quanto a mim, eu não sei de nada."
Cristãos em perigo?
Doglas é o quinto sacerdote seqüestrado nos últimos cinco meses. Quatro deles eram católicos caldeus. Em outubro, um padre da igreja ortodoxa síria foi brutalmente assassinado em Mosul, depois que seus seqüestradores exigiram que os líderes da igreja fizessem tabuletas denunciando os comentário negativos do papa Bento XVI sobre o islamismo.
Mas, o bispo Andreas enfatizou que os seqüestros não eram parte de um plano dos grupos extremistas islâmicos em relação aos cristãos.
"Não é contra os padres ou igrejas. Estão seqüestrando muitas pessoas, não só padres."
Os seqüestros e execuções de muçulmanos realizados semanalmente pelas milícias sunitas e xiitas tornam pequeno o número de incidentes contra a minoria cristã do Iraque. Em um grande seqüestro feito no começo do mês, terroristas vestidos como policiais raptaram mais de 50 funcionários do prédio de educação superior de Bagdá.
Mas alguns líderes cristãos acreditam que a comunidade cristã do Iraque está sendo vítima especial dos seqüestros. Depois do desaparecimento de Doglas, o bispo auxiliar de Bagdá Shleman Wardouni disse que extremistas podem estar procurando atingir jovens cristãos "corajosos" a fim de desanimar a comunidade de continuar no Iraque.
No mês passado, O Alto Comissariado da ONU para Refugiados relatou que 24% dos refugiados iraquianos, registrados em seus escritórios na Síria, eram cristãos - embora a minúscula comunidade religiosa perfaça menos de 3% da população total do Iraque.
"Os membros da minoria cristã foram vítimas no passado, com ataques contra igrejas, fechamentos compulsório de lojas de cristãos que vendiam bebidas e outras formas de opressão", lia-se no relatório.
A igreja católica caldeus é um rito em comunhão com Roma. Os católicos caldeus são a maior comunidade cristã no Iraque.
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