A franco-colombiana Ingrid Betancourt agradeceu a Deus e aos soldados da Colômbia por sua libertação das Farc, ocorrida nesta quarta-feira (2) na Colômbia.
Veja como foi a operação que resgatou Betancourt
Ingrid e mais 14 reféns foram libertados depois de uma operação do Exército da Colômbia, que disse ter infiltrado homens na guerrilha.
“Quero primeiro dar graças a Deus e aos soldados da Colômbia”, disse Ingrid à rádio do Exército pouco depois da libertação, em entrevista reproduzida por emissoras de toda a Colômbia.
Ao chegar a Bogotá, ela reencontrou a mãe, Yolanda Pulecio, disse estar muito emocionada e contou como aconteceu o resgate. “Foi uma operação perfeita, não creio que haja na história do mundo uma operação tão fantástica.”
Falando em espanhol e em francês, ela agradeceu à França e ao presidente Nicolas Sarkozy por seu apoio e solidariedade com os seqüestrados.
“Obrigado ao meu Exército, à minha pátria Colômbia, obrigado pela impecável operação, a operação foi perfeita.
Ingrid, que chegou a chorar durante a entrevista, disse também que o resgate foi um “duro golpe” para a guerrilha.
Ingrid também garantiu que vai continuar a lutar pela liberdade dos que ficaram na selva. Ela disse que espera que a libertação dos demais reféns venha pela via da negociação, mas, se não for assim, “tenhamos confiança nas nossas forças militares”.
Questionada por jornalistas, Ingrid disse que “só Deus sabe” se ela vai disputar outra vez a presidência da Colômbia. “Eu sigo com a ilusão de servir a Colômbia desde a presidência, só Deus sabe. Neste momento, só quero me sentir mais um soldado da Colômbia, a serviço da pátria.”
Camisas de Che
Segundo Ingrid, os militares que se fizeram passar por guerrilheiros para fazer o resgate se camuflaram de tal maneira que vários usavam camisetas com imagem de Ernesto Che Guevara. “Eles falavam como guerrilheiros e se vestiam como eles”, disse.
De acordo com a ex-refém, a operação começou ao amanhecer, quando os reféns foram informados pelos guerrilheiros de que iriam ser transferidos. Ela disse que nenhum refém suspeitou da operação, e que só se deram conta de que foram resgatados quando um dos supostos guerrilheiros gritou: “somos o Exército da Colômbia, vocês estão livres.”
Antes de Ingrid, o comandante do Exército da Colômbia, Mario Montoya, disse em Bogotá que o resgate foi um “xeque-mate” para as Farc, já debilitadas pela morte de vários líderes nos últimos meses.
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