O jornal Diário de Piracicaba publicou uma matéria com o título “Quem não paga dízimo à Universal pode ficar com o nome sujo no SPC”. Por causa dessa reportagem o jornal foi processado pela igreja e condenado pelo juiz Mario Gaiara Neto, da 3ª Vara Cível de Sorocaba, a pagar uma indenização de R$20 mil por danos morais.
A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) se defendeu declarando a notícia como falsa e disse que a reportagem acarretou prejuízo à honra e à imagem da igreja. A IURD alegou ainda que a reportagem transmite a falsa impressão de que a igreja presta assistência espiritual com fins lucrativos.
Um dos trechos da matéria publicada no jornal diz que “os bispos da Igreja Universal do Reino De Deus, presidida por Edir Macedo, decidiram que a instituição vai cadastrar no SPC/Serasa os fiéis que ficaram com o pagamento do dízimo em atraso, na tentativa de diminuir a inadimplência. A direção da igreja não informou o número de devedores, mas se estima que os maus pagadores estão causando um prejuízo mensal de quase R$ 1 bilhão. Além de ficar com o nome sujo, os fiéis inadimplentes podem ter de pagar multa e ter contrato rescindido se trocarem a Universal por outra Igreja”.
A defesa do jornal alegou que a matéria não é fruto da imaginação de seus repórteres nem foi produzida por má-fé ou falta de preocupação com a dignidade moral da igreja. De acordo com o jornal a matéria é uma reprodução fiel de um texto já noticiado em vários sites na internet. Um dos sites no qual encontramos o texto publicado pelo jornal é o G17, um blog de piadas conhecido por publicar notícias fantasiosas ironizando assuntos muito comentados no país.
De acordo com o juiz esse tipo de notícia ofende os propósitos institucionais da igreja atingindo a sua honra objetiva, por transmitir aos leitores (incluindo fiéis da Universal), a nítida impressão de que a igreja presta assistência espiritual com fins lucrativos.
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