“A nossa ambição suprema é viver em nosso próprio país, com dignidade e podendo falar sobre nossa fé”, disse ao Christian Post o presidente do Comitê dos Refugiados, Steven Ral Kap, enquanto andava abaixo de uma bandeira branca com uma cruz vermelha, seguido por mais de 3 mil refugiados cristãos.
“Devido ao sistema, às graves violações dos direitos humanos e à pressão social, o regime militar birmanês pratica a política chauvinista de ‘Uma Raça, Um Povo’. Muitos fugiram para a Índia e outras partes do mundo nas últimas seis décadas”, disse Thuang.
Mesmo quando encontram asilo na Índia, um país livre, os refugiados têm pouco alívio. “Embora muitos dos 11.500 refugiados tenham identidades emitidas pelo Alto Comissariado da ONU para refugiados, eles não têm documentos de viagem ou identidade legal”, disse uma mulher refugiada ao Christian Post.
O regime militar da Birmânia, oficialmente chamado de Mianmar, destruiu dezenas de igrejas. Um relatório intitulado “Vida sob Junta: Evidências de crimes contra a humanidade no Estado de Chin”, feito por pesquisadores dos Direitos Humanos, documenta os “extraordinários níveis de violência” contra os cristãos.
Os militares birmaneses veem a prática de qualquer religião que não seja o budismo como uma das principais razões para haver uma alta demanda de autonomia. Portanto, os cristãos que não aceitam o controle do Estado sobre suas atividades são vistos como inimigos do governo.
Mesmo assim, o governo da Birmânia “ignorou o chamado para a reconciliação nacional e legitimizou a junta militar”, manipulando as eleições de 2010, segundo declarações do CRC.
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