Mais de um bilhão de muçulmanos iniciarão neste final de semana o Ramadã, seu mês sagrado de jejum, em meio a tensões com o Ocidente exarcebadas pelas recentes declarações do Papa Bento XVI e os conflitos armados que sacodem os países árabes-muçulmanos.
Teoricamente este seria um mês de calma e piedade para os muçulmanos, que devem se abster de comer e manter relações sexuais do amanhecer até o pôr-do-sol. Mas, segundo a tradição, é também um mês de combate, onde a Jihad, ou guerra santa, será coroada com êxito.
No Islã contemporâneo este aspecto tradicional desapareceu e cedeu lugar a um ambiente festivo de longas noitadas familiares durante o nono mês do ano lunar, mas alguns grupos radicais, principalmente no Iraque, o evocam para multiplicar seus ataques.
Este ano o alvo dos extremistas é o Papa como figura emblemática dos cristãos e que causou grandes protestos no mundo muçulmano ao sugerir que existe um laço implícito entre o Islã e a violência.
Grupos islamitas no Iraque e na Faixa de Gaza ameaçaram atacar alvos cristãos, inclusive o Vaticano. A facção iraquiana da rede terrorista Al-Qaeda prometeu continuar com a Jihad até derrota do Ocidente.
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