O rabino e escritor Nilton Bonder vai ministrar durante o mês de maio em São Paulo um curso intitulado “Jesus – Um Olhar Judaico”. O evento acontecerá entre os dias 22 e 29 de maio e 5 de junho no Centro de Cultura Judaica. De acordo com o Valor Econômico, o curso, que no último mês aconteceu na Midrash Centro Cultural do Rio, tem como objetivo apresentar uma visão judaica da pessoa histórica de Jesus.
“Quisemos revisitar essa questão por acreditar que há maior tolerância e maturidade nas relações entre as religiões. Toda vez que um tabu é abordado, favorece o entendimento e dissipa tensões e forças ocultas que alimentam desconfiança e estranhamento”, explica o rabino, que concedeu uma entrevista ao Valor Econômico falando sobre o curso e alguns de seus livros.
Afirmando que Jesus é parte da história judaica, Bonder explica que Jesus se transformou num tabu para os judeus, e que um dos motivos para isso são as “perseguições e também tentativas de conversão forçada dos judeus no passado”.
Quando perguntado sobre a percepção de que a figura de Jesus é desprezada pela tradição judaica, o rabino afirmou que existem dois “Jesus” na interpretação judaica, sendo que “o primeiro era um personagem típico da escola profética judaica – reverenciado por um grupo e motivo de chacota de outro” enquanto o segundo “é um personagem mítico, conhecido como o símbolo máximo da religião que persegue os judeus e que deseja sua conversão mesmo que forçada.
Um personagem que legitimava ‘judiar’ dos judeus como eles haviam ‘judiado’ de Jesus”. Ele afirmou ainda que a imagem que prevalece é essa de desconfiança e temor.Bonder afirmou ainda que nas pregações cristãs os judeus recebem uma caracterização violenta, equiparando-os a todas as formas de poder e opressão”, e que estudos como o dele “visam apresentar aos judeus um Jesus que não é responsável pelo sofrimento dos judeus nos últimos 18 séculos, ao contrário, como um modelo do que seria feito aos judeus no decorrer da História”.
Bonder encerra a entrevista falando sobre a tradição cristã da ressurreição de Jesus. Afirmando que a visão cristã da ressureição é “um dar com os ombros para a realidade”, o rabino disse que “a ressurreição é uma bela metáfora para dizer que o Deus da realidade não sacrifica o seu filho, tal como não havia sacrificado o filho de Abraão”. “Eu não desgosto disso. Na verdade Moisés também não entra na Terra, como Jesus não estabelece essa nova Terra”, ressaltou.
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