Quenianos rezaram pela paz no domingo, enquanto trabalhadores humanitários tentavam trazer alívio aos cerca de 200 mil refugiados da onda de violência pós-eleitoral que matou centenas de pessoas no país.
"Nossos líderes falharam conosco. Eles trouxeram essa catástrofe sobre nós. Agora nós nos voltamos ao Todo Poderoso para salvar o Quênia", disse Jane Riungu, que levava os cinco filhos em suas melhores roupas a uma igreja no subúrbio de Nairóbi.
Uma semana após o anúncio da reeleição do presidente Mwai Kibaki, e de uma onda de distúrbios e saques, havia poucos sinais de que ele se encontraria com o líder da oposição Raila Ondinga para encontrar uma solução para a crise.
Conciliadores
Possíveis mediadores, como o principal diplomata de Washington para a África, Jendavi Frazer, e o arcebispo Desmond Tutu, ganhador do Prêmio Nobel, têm conversado com ambos os lados.
O presidente de Gana, John Kufuor, deve visitar o país nos próximos dias como chairman da União Africana.
Um pronunciamento de Kibaki, no sábado, dando conta de que ele estava pronto para formar um "governo de união nacional" foi recebido com ceticismo pela oposição, que o acusa de fraudar as eleições de 27 de dezembro e de ocupar a presidência de maneira ilegítima.
Proposta
Odinga quer que Kibaki, de 76 anos, renuncie e que um mediador internacional conduza negociações para uma nova eleição em três a seis meses.
O porta-voz do governo, Alfred Mutua, acusou Odinga de tentar "usar a porta dos fundos para ganhar o poder" ao recusar-se a negociar com o presidente ou usar os tribunais para contestar o resultado das eleições.
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