Sam Allberry apela para que líderes religiosos não se calem.
Ao abordar algumas das questões mais desafiadoras sobre a homossexualidade e o casamento, o pastor britânico Sam Allberry instou os pastores e líderes evangélicos a tomarem uma posição.
Em viagem aos EUA, pediu que as igrejas não deixem de enfatizar que o casamento entre um homem e uma mulher é uma questão central no Cristianismo. Palestrando na Conferência Nacional de Ética e Liberdade Religiosa, apelou para que os evangélicos não deixem de pregar “corajosamente” sobre isso.
“Um dos propósitos do casamento na Bíblia é que a união entre um homem e uma mulher, revele o mistério da relação de Cristo com sua igreja. O casamento humano é o ícone do relacionamento que Jesus tem com o seu povo. Mas se aceitarmos interpretar o casamento como sendo entre dois homens ou duas mulheres, essa imagem ficará desfigurada. Seria o mesmo que dizer que as bodas seriam de Cristo com Cristo ou da igreja com a igreja. Em outras palavras, quando você muda a definição bíblica do casamento, acaba mudando algo que deve estar refletindo o Evangelho”, enfatizou.
Para o ministro os líderes cristãos não podem ficar em silêncio sobre esta questão: “Se lembrarmos que estamos do lado direito de Jesus (Apocalipse 1), temos de estar na contramão do mundo”, ressaltou Allberry.
Com um sermão intitulado “Deus é anti-Gay?”, rebateu alguns dos argumentos mais frequentes, como o fato de Jesus nunca ter falado sobre homossexualidade em seus sermões. Para ele, essa é uma falácia, já que várias partes do Antigo e do Novo Testamento abordam temas sobre os quais os Evangelhos não tratam.
O pastor inglês credita que a questão é séria. Ele alertou: “A eternidade está em jogo. Se aprovarmos algo que o próprio Deus proíbe, meus amigos, estamos enviando pessoas para o inferno…”.
Lembrou ainda que existe condenação sobre os líderes cristãos que toleram ensinamentos assim. “Apocalipse 2:20 mostra que se você fizer isso, corre o risco de ter Jesus contra você. Se as pessoas em sua igreja não estão sendo ensinados sobre esta questão, só ouvirão o que a mídia secular pensa sobre o assunto”.
Ele reconheceu que essa é uma tendência crescente sobretudo nas igrejas da Europa e que o quadro atual não é animador. Entende que existe um medo de líderes em serem chamados de “homofóbicos”, mas que os cristãos sempre foram criticados por suas posições ao longo da história.
Enfatizou ainda que homossexuais e heterossexuais são igualmente chamados a negar a si mesmos por causa do Evangelho. “Não há ninguém para quem o Evangelho não seja extremamente caro. Porém alguém quem se dispor verá que no fim vale totalmente a pena. Os custos são grandes, mas as recompensas são maiores”, resumiu.
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