“Quem é minha mãe, e quem são os meus irmãos?”, perguntou ele. Então olhou para os que estavam assentados ao seu redor e disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. (Mc 3.33-35)
Entender esses versículos faz toda a diferença na forma de se ver a Igreja Perseguida e o verdadeiro evangelho de Cristo para nossas vidas. Os cristãos perseguidos são nossos irmãos onde eles estão, não importa qual nação, idioma, cultura, raça ou cor.
Vendo algumas fotos e álbuns, vi o tempo, as pessoas, a minha família, os eventos, uma história que Deus tem escrito conosco, e o quanto a Igreja Perseguida faz parte em tudo e em nós.
Louvo a Deus pela vida do Arthur, pois através dele conheci a Igreja Perseguida e a Missão Portas Abertas. Antes mesmo de nos casarmos (isso foi há 7 anos, quando ainda éramos namorados e vendíamos salgadinhos na cantina da igreja), organizamos eventos na igreja. Um deles foi o curso “Como permanecer firmes através da tempestade no contexto da Igreja Livre”, com o Pr. Carlos Alfredo, então Coordenador dos Correspondentes Locais.
Logo depois, Deus nos levou a outros lugares para expandir o ministério, e assim surgiram outros Correspondentes Locais nas igrejas da cidade, que se uniram a nós. Na caminhada do Arthur como Correspondente Local em Araçatuba, Deus acrescentou irmãos amados que também entenderam como a Igreja Perseguida pode mudar nossa vida espiritual, levando-nos ao envolvimento, engajamento e novo entendimento da obra de Deus.
Família unida
“Saulo, Saulo, por que você me persegue?” Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?”. Ele respondeu: “Eu sou Jesus, a quem você persegue.” (At 9.4,5)
Quando meditamos na Igreja Primitiva nesse texto de Atos, vemos a grande revelação de Deus: quando um cristão é perseguido, o próprio Jesus é quem está sendo perseguido. Da mesma forma, quando servimos a Igreja Perseguida, estamos servindo ao Senhor Jesus.
A convicção do chamado do Arthur, e eu ao seu lado, como companheira e esposa, tem levado nossa família a investir em nós e em nosso ministério. Tenho que agradecer a Deus pela participação deles em nos ajudar com recursos, orações e estando conosco. Isso nos incentiva a perseverar nos momentos de dificuldades, principalmente quando barreiras se levantam tentando nos impedir de continuar. Tenho que agradecer minha sogra Adelina (vó Lilinha) que mora em Curitiba-PR e ainda assim é tão presente e abençoadora; às minhas cunhadas “Ana(s)”; aos filhos do Arthur ,Thiago e Lucas; à minha irmã Márcia e meu cunhado Valmir, que nos carregam em dias de chuva com o seu carro; à minha sobrinha Vitória, que está sendo treinada sempre presente a ajudar nos eventos; e a inúmeros amigos e irmãos em Cristo que estão ao nosso lado.
Os testemunhos nas revistas e matérias sempre nos fortalecem e influenciam como casal, e nos faz continuar vendo na Igreja Perseguida uma grande família, dando-nos uma visão ampla do Reino de Deus e coragem para sermos verdadeiros.
O nosso envolvimento com a Igreja Perseguida através do ministério da Portas Abertas tem nos ajudado a perseverar, a orar mais, a amar mais, a perdoar mais, e a viver sendo fiéis até a morte. Leva-nos a divulgar as necessidades deles para outros irmãos e às igrejas, como parte de um só Corpo que se alegra com os que se alegram e chora com os que choram.
O Arthur tem visitado várias igrejas em Araçatuba e em outras cidades e Estados, e oramos por um dia estarmos visitando os nossos irmãos em outros países.
Quando os Correspondentes Internacionais da Portas Abertas nos visitam em nossa cidade e região, como são impactantes os testemunhos e notícias que eles nos trazem! Como Deus é bom! Ele move céus e terra para nos trazer notícias.
Aprendo a cada dia a ter bons relacionamentos com a equipe da Missão Portas Abertas, vivendo grandes oportunidades de estarmos ao lado de irmãos preciosos, pois não há limites para Deus, nem distância. Ele nos dá a oportunidade de mudar a história de uma nação, de um povo, de uma vida, e com certeza, tudo começa em nós e em nossa casa.
Um Álbum
Vendo algumas fotos, lembrei-me de um vídeo da Portas Abertas chamado “Um Álbum”. Ele diz o seguinte:
“A família do homem tem um álbum, onde nossos nomes são escritos ao lado dos irmãos e irmãs. Os eventos de nossas vidas enchem suas páginas.
A família do homem tem um álbum, onde os momentos que moldam nossas vidas são atestados, onde as mágoas e alegrias são partilhadas nas páginas que nos vinculam.
A família do homem tem um álbum, um registro aberto frente a Deus e aos homens, sobre como tratamos uns aos outros.
O capítulo que agora se desdobra registra mais cristãos sendo perseguidos do que em qualquer outro momento da história. Mais de 100 milhões de cristãos, em todo mundo, enfrentam perseguição só pelo que acreditam.
Qual é nossa resposta se nossos filhos são vendidos à escravidão? O que dizemos se nossas irmãs são estupradas? Se nossos filhos são presos? Se membros da família são torturados e surrados até a morte?
A família do homem tem um álbum. Será que isso será lembrado como um incômodo, quando nossa família for morta por Cristo e nada fizemos para ajudá-la? Devemos fazer o que pudermos, e o mínimo que podemos fazer é o máximo que podemos fazer: orar.”
Marlí Lopes Botelho é Correspondente Local em Araçatuba-SP. Seu marido, Arthur Botelho Jr. é Correspondente Local sênior.
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