Em fevereiro deste ano, 41 refugiados norte-coreanos detidos na cidade chinesa de Shenyang foram devolvidos ao governo da Coreia do Norte.
Quando refugiados norte-coreanos são repatriados, é certo que serão punidos pelo governo. O nível de punição depende se ele ia para a Coreia do Sul ou simplesmente para a China.
Os que supostamente deixam a Coreia do Norte apenas para sobreviver são enviados para campos de trabalho ou de reeducação. Aqueles que, no entanto, parecem fugir para a Coreia do Sul são presos em campos de prisioneiros políticos. Alguns, não muitos, enfrentam a morte.
Segundo os refugiados a Agência de Segurança Local categoriza os capturados de acordo com o motivo da fuga deles, e com o tipo de atividades realizavam na China. Há quatro categorias.
A primeira é das pessoas das quais se suspeita que tenham mantido contato direto com um agente sul-coreano (do serviço de inteligência ou do departamento de defesa). Esses fugitivos são considerados espiões e, portanto, são executados. Seus familiares são enviados para um campo de prisioneiros políticos. Os que não são parentes imediatos (genro, nora, etc.) devem se divorciar a fim de deixar a família e não sofrer a punição.
A segunda categoria é formada por quem tem “contatos impuros no exterior”, referindo-se aos fugitivos que tiveram contato com grupos religiosos, organizações de direitos humanos e outros. Tais fugitivos também são enviados para campos de prisioneiros políticos, mas seus familiares não são punidos.
A terceira categoria é a dos que foram presos tentando ir para a Coreia do Sul. De igual modo, estes são enviados para campos de prisioneiros políticos.
Tem havido muitos casos de desertores com contatos na Coreia do Sul que escaparam de sofrer uma punição severa. Isso se dá porque eles têm conseguido mentir quanto ao verdadeiro propósito de sua fuga, ou porque têm subornado agentes de segurança.
Por fim, os da quarta categoria são os suspeitos de atravessado a fronteira por motivos econômicos, ou outras razões “puras”. Estes são enviadas para campos de reeducação. Anteriormente, eles ficavam presos por seis meses, mas em 2009 a sentença passou a ser de um ano para réus primários e de dois anos para os demais.
A Portas Abertas tem trabalhado com refugiados norte-coreanos enquanto estes ainda se encontram na China. O trabalho consiste em ajuda-los na difícil situação econômica em que se encontram, e também pregar-lhes sobre Cristo. Aproximadamente 50% desses refugiados são presos em suas viagens e recebem um dos destinos mencionados acima. Os colaboradores da Portas Abertas podem ser os únicos cristãos que venham a conhecer e, portanto, uma das raras vezes em que terão contato com o evangelho.
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