Durante todo o período do Ramadã, o governo gambiano proibiu “festas, cerimônias e qualquer outra comemoração que envolva música ou dança”. O decreto tem validade até o final da temporada do jejum islâmico, tanto durante o dia, como à noite. A liderança foi muito clara quanto à violação dessa determinação: “aquele que desobedecer deverá ser preso”. Levando em conta que 90% da população é muçulmana, a pressão sobre a minoria religiosa é grande.
Embora não haja nenhuma especificação de que a proibição inclua também os eventos musicais dentro das igrejas, durante os cultos, os líderes devem ser cautelosos, já que o presidente Yahya Jammeh declarou oficialmente, em 2015, que a nação é um “Estado islâmico”. “O destino da Gâmbia está nas mãos de Alá, o todo poderoso. A partir de hoje, a Gâmbia é um Estado islâmico que respeita os direitos dos cidadãos”, disse Jammeh que é militar de carreira e já foi acusado de várias violações de direitos humanos. Desde 1994 ele impôs a ditadura no país.
A perseguição aos cristãos não chegou ao nível de incluir o país entre os 50 da Classificação da Perseguição Religiosa, mas o posiciona em 64º lugar. A vida cristã no Gâmbia enfrenta certa repressão e a igreja é monitorada frequentemente. Não há relatos de incidentes violentos até o momento, na menor nação africana que tem enfrentado crise financeira e um sério contexto de narcotráfico. Os cristãos devem ficar atentos à lei que vigora no país, principalmente tendo um líder ditador que vem alterando a Constituição conforme as especificações do islã.
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