Um professor de escola pública do nível 8 diz que foi demitido por recusar remover sua Bíblia pessoal de sua mesa de sala de aula. Agora, ele está colocando o distrito escolar diante de um tribunal federal, processando-os por difamação e quebra de contrato.
John Freshwater, professor com 24 anos de experiência, entrou com processo na terça no Tribunal Regional de Ohio, Estados Unidos, contra a diretoria da Escola Municipal Mount Vernon, e seus diretores, por descontinuarem seu contrato. Ele acusa o distrito de violar a política pública de Ohio, e perpetrarem perseguição religiosa, retaliação, conspiração e difamação contra ele.
Em junho do ano passado, a Escola Municipal Mount Vernon votou unanimemente para despedir Freshwater de sua posição de ensino com base no relatório de um investigador independente, que constatou que Freshwater havia “queimado” o que apuraram ser uma cruz (e não um “x” como Freshwater afirmou) no braço de um estudante durante um rotineiro experimento científico, ensinado religião na sala de aula, recusado remover artigos religiosos da sala de aula e orado numa reunião da Federação dos Atletas Cristãos, que é um grupo liderado por estudantes cristãos onde Freshwater é conselheiro.
Contudo, o evento que evidentemente precipitou a investigação da diretoria contra Freshwater foi sua recusa de remover sua Bíblia pessoal de sua mesa de sala de aula — a única alegação significativa que Freshwater admitiu.
De acordo com o pastor de Freshwater, o Rev. Don Matolyak da igreja Assembléia de Deus Trindade, o conflito de Freshwater com a escola começou depois que ele levantou o assunto do Design Inteligente na sala de aula depois de ensinar a teoria da evolução.
“Desde então, há pessoas querendo brigar com John”, Matolyak disse para LifeSiteNews.com numa entrevista no começo deste ano. Embora a Bíblia tenha sido a causa imediata da demissão de Freshwater, o relatório investigativo feito em Freshwater indica que qualquer expressão da religião de Freshwater na escola pública, inclusive trazer outros pontos de vista para facilitar debate em sua aula da evolução biológica, foram a principal preocupação da diretoria da escola.
O “relatório Freshwater” do investigador revelou que Freshwater costumava incentiva análise crítica e debate sobre a evolução darwiniana, e distribuir materiais suplementares sobre Design Inteligente e evolução. Freshwater também contestou um artigo da revista Time que afirmava que os cientistas haviam descoberto um “gene gay” e em vez disso frisou para seus estudantes que a conduta homossexual é um assunto de escolha pessoal e pecado na Bíblia.
Em respostas a um questionário dado para estudantes que estavam iniciando o nível 9, um número declarava que a evolução era um de seus tópicos favoritos em ciência devido à abordagem imparcial ensinada por Freshwater no nível 8. Um estudante escreveu que a evolução era o assunto favorito que era coberto “porque aprendemos sobre isso e como pode e não pode ser verdade e obtivemos os dois lados da história”. Outro disse: “Gosto da aula de evolução porque sempre tivemos debates nesse assunto”.
No entanto, pelo fato de que os estudantes que estavam começando o nível 9 estavam desafiando as posições dos professores acerca da evolução, os professores se queixaram de que tinham de “re-ensinar” a evolução aos estudantes como um fato incontestável. O relatório citou uma professora que se queixou de que Freshwater estava “dando aula deturpada de ciência (isto é, que há alguma espécie de ‘diferença entre fatos e hipótese’)”, de modo que ela tinha de começar todo ano “re-ensinando os estudantes como a ciência REALMENTE funciona”.
De acordo com a Associação Internacional de Educadores Cristãos (AIEC), os funcionários da Escola Municipal Mount Vernon receberam ordens da diretoria neste ano escolar de “remover todos os materiais e manifestações religiosas de suas salas”.
“Estou contente de ver um professor de escola pública como John Freshwater disposto a sair da acomodação e lutar pela liberdade religiosa que nossos antepassados garantiram para nós por meio da Constituição dos EUA”, disse sobre o caso Finn Laursen, diretor executivo de AIEC.
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