Luis Alberto Vera foi libertado no último mês da Prisão Nacional de Bellavista, um presídio de segurança máxima em Medellín, Colômbia, na época de passar o natal com sua jovem família. Luis, no entanto, permanece sob prisão domiciliar no Seminário Bíblico de Medellín.
O estudante de seminário evangélico enfrenta um emaranhado complexo legal para provar que ele é inocente de um crime pelo qual era foi erroneamente preso. O advogado dele disse que ele poderia levar quatro anos para limpar seu nome.
Em 26 de novembro, Luis estava comprando uma passagem de ônibus de sua casa para a cidade de Bucaramanga, quando um policial de Medellín checou o número da identidade dele e encontrou um mandato para sua prisão. Ele e outros três homens são acusados de assalto a um homem em Bucaramanga em 2002.
Luis, de 24 anos, passou duas semanas em um Centro de Processamento Policial, em Medellín, antes de ser transferido para a Prisão de Bellavista. Oficiais de justiça aprovaram a libertação dele da prisão superlotada no último mês de dezembro, mas o colocaram sob prisão domiciliar no campus do seminário, onde ele está matriculado em estudos teológicos, até que possa provar sua inocência.
A desorganizada polícia trabalha em um sobrecarregado sistema judiciário, evidentemente combinado para pôr Luis na prisão. Essas mesmas deficiências podem também retardar a busca dele para limpar sua ficha.
A saga de Luis começou há muitos anos atrás quando ele foi envolvido em um contratempo relacionado ao tráfico em Bucaramanga. Um policial pegou a fotografia dele e, aparentemente, de forma incorreta a arquivou na ficha criminal da delegacia, ao invés de pô-la na gaveta que continha os arquivos de fichas de acidentes.
O policial então, inexplicavelmente, colocou a foto de Luis na fileira de muitas outras fichas criminais para identificar os assaltos cometidos em 2002. Mesmo Luis não se encaixando na descrição da vítima de assalto sobre o seu agressor- o suspeito é de pele escura e 10 anos mais velho que ele- sua foto má colocada eventualmente o conduziu para a prisão.
Uma vez chegado a Bellavista, em 09 de dezembro, Luis foi enviado para uma sala onde o diretor, o psicólogo do presídio e outro pessoal de lá estavam esperando por ele.
Uma vez lá, Luis aprendeu que ele tinha sido enviado para Bellavista para servir por seis anos por rebelião.
"Eles disseram que eu era um guerrilheiro", Luis contou por telefone, de Medellín, a Compass. "Uma semana antes, eles tinham me interrogado por estarem me acusando de alguma coisa que eu não tinha feito, mas eles não estavam me acusando de ser um guerrilheiro".
Luis exigiu que a informação fosse corrigida e descobriu que o secretário que copiou seu número de identidade o tinha escrito errado.
"O que está acontecendo em Bucaramanga poderia ser a mesma coisa" Luis disse.
O advogado dele insistiu com as autoridades da prisão de Bellavista que eles enviassem Luis para Bucaramanga imediatamente, para confrontar face-a-face a vítima na presença das autoridades legais e limpar seu nome. Mas, os oficiais da prisão recusaram fazer isso por alegarem que eles não tinham orçamento para executar o transporte.
Enquanto isso, a dívida legal de Luis estende-se para cinco milhões de pesos ($2,110). Luis não tem o dinheiro, então a família dele está tentando conseguir empréstimos para pagar a dívida.
"Eu não tenho certeza se poderei continuar meus estudos", Luis disse, acrescentando que o período escolar começa em duas semanas.
Luis, um membro de uma Igreja do Evangelho Quadrangular em Bucaramanga, tornou-se cristão aos seis anos de idade. Ele deixou sua cidade natal no ano passado com sua esposa e seu filho muito pequeno para iniciar estudos em um seminário em Medellín.
Uma brilhante coisa na experiência penosa de Luis foi o ministério evangelístico dele durantes as semanas de seu encarceramento. Ele estima que entre 15 e 18 homens aceitaram a Cristo no Centro de Processamento Policial depois que conversaram com Luis sobre o Evangelho. Posteriormente, de dentro de Bellavista, ele entrou em contato com muitos dos novos convertidos e ajudou-os a entrarem em contato com os renomados presos do presídio, companheiros de ministério.
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