O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, respondeu com veemência as declarações do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, sobre o fim do acordo de paz entre os dois povos, e criticou a Organização das Nações Unidas por se calar diante das ameaças feitas pelo Irã contra Israel.
As declarações de Abbas desencadearam uma série de pequenos atentados terroristas na cidade de Jerusalém. Em um dos casos, judeus foram assassinados a facadas e um grupo de turistas ficou ferido por disparos de armas de fogo. O responsável foi identificado como o palestino Muhannad Halabi, 19 anos, que terminou morto pela Polícia israelense. A autoria do ataque foi assumida pelos terroristas do grupo palestino Jihad Islâmica.
Sobre a fala do presidente palestino, Benjamin Netanyahu disse que “continua comprometido com a visão de dois Estados, dos dois povos” e que espera que os palestinos “cumpram a parte deles” no acordo.
No entanto, a parte mais contundente de seu discurso foi o momento da crítica ao acordo nuclear mediado pelos Estados Unidos, para garantir ao Irã o desenvolvimento da tecnologia de enriquecimento de urânio para fins de uso energético.
Desde o anúncio do acordo, Israel acusa o país vizinho de usar o programa de energia nuclear como fachada para o desenvolvimento de bombas atômicas.
Netanyahu chamou a atenção para o holocausto dos judeus durante o nazismo e constrangeu os representantes nacionais que assistiam seu discurso, ao acusá-los de omissão frente às ameaças do Irã. Um silêncio absoluto de aproximadamente 45 segundos foi a reação dos presentes às fortes afirmações do primeiro-ministro israelense.
“Após 70 anos do assassinato de 6 milhões de judeus, líderes iranianos prometem destruir meu país, matar meu povo. A resposta desta assembleia, de quase todos os governos aqui presentes, foi inexistente. Silêncio total. Silêncio ensurdecedor”, disse Netanyahu, ressaltando que se a ameaça fosse feita a qualquer outro país, os representantes dessas nações agiriam de forma diferente.
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