Além das cerca de 80 mil pessoas esperadas, a terceira edição da Caminhada pela Paz contará também com a participação da população carcerária. É que a organização não governamental MovPaz firmou acordo com a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) para realizar uma programação cultural paralela à caminhada no Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II) e no Presídio Feminino Auri Moura Costa. De acordo com o coordenador nacional do MovPaz, Clóvis Nunes, é a primeira vez que isso ocorre no Brasil.
Telões instalados nos presídios exibirão documentários sobre a paz e transmitirão a caminhada ao vivo. Haverá ainda palestras de representantes da Federação Espírita do Estado do Ceará (Feec), da Comunidade Evangélica e da Pastoral Carcerária. As atividades realizadas dentro dos institutos também serão transmitidas em um telão para o público da caminhada. Para Clóvis Nunes, isso é um ato de inclusão. “Nós queremos promover lazer para os presos, porque quase ninguém lembra deles. Eles são fruto de uma cultura violenta, mas através de ações assim, pretendemos realimentá-los com outros valores que podem ser positivos na ressocialização deles.”
“A idéia é que a participação da sociedade possa influenciar os presos e que isso tenha um impacto positivo sobre eles”, diz o secretário da justiça, Marcos Cals. No IPPOO II, somente 60 presos participarão da programação. O número reduzido, segundo o secretário, deve-se à impossibilidade de poder garantir segurança se todos os 500 detentos participassem. Já no presídio feminino, todas as 248 mulheres estarão presentes.
O padre Marcos Passerini, coordenador da Pastoral Carcerária, está participando dessa ação, mas questiona se ela é suficiente. “A necessidade de paz se impõe a todo ser humano. Mesmo quem está excluído da sociedade precisa vivenciar esse sentimento. Mas como alimentá-lo se ele não está em um ambiente de paz? Como falar de paz para um preso de que está numa cela com 10 pessoas?”. Para o padre, é necessário que a estrutura carcerária seja um ambiente de paz e que a prisão pare de ser vista como vingativa e passe a ser, nas palavras dele, “restaurativa”.
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