"Com aperto na garganta, dor no meu coração e lágrimas escorrendo pelo meu rosto, eu prometo me fortalecer no Senhor e lutar com todas as forças do meu ser até que você esteja unido à nossa família de novo", escreveu a esposa do pastor, Naghmeh, em uma carta para Abedini, publicada pelo The American Center of Justice and Law (ACLJ, sigla em inglês).
"Eu serei a sua voz, nos lugares em que o evangelho que você pregou está sendo silenciado. Serei suas mãos e seus pés, enquanto você estiver amarrado e acorrentado. Quero que o mundo inteiro saiba, que o mundo inteiro ouça que Jesus é o Senhor. Estamos muito orgulhosos de você. Aguente firme. Segure-se firme em Jesus. Você tem muitos irmãos e irmãs orando por você!", afirmou Naghmeh em seu texto.
Abedini, que foi condenado a oito anos de prisão, em janeiro, supostamente por "colocar em risco a segurança nacional", tem sido vítima de uma hemorragia interna e problemas renais na prisão. O ACLJ, que está representando a esposa e dois filhos do pastor, nos EUA , afirmou que a assistência médica da qual ele necessita, lhe está sendo negada.
À época em que foi preso, em setembro de 2012, o pastor Abedini estava construindo um orfanato para crianças no Irã. Ele foi enviado à solitária, juntamente com outros presos, no final de abril, por expressar insatisfação com a falta de atendimento médico.
Em um comunicado, o ACLJ observou que Abedini estava passando "o pior aniversário que se possa imaginar", em confinamento solitário, e lembrou os leitores das muitas surras que o cristão levou, bem como da tortura física e mental às quais foi submetido por causa de sua fé e recusa de negar a Cristo.
Não obstante às centenas de milhares de pessoas em todo o mundo que pediram a libertação de Abedini por meio de um abaixo-assinado, o Departamento de Estado dos EUA também se posiciou contrário à prisão do pastor. Mas, até agora, os pedidos ficaram sem resposta por parte das autoridades iranianas.
"Este é um momento crítico para o pastor Saeed, cujo estado de saúde continua a agravar-se nas mãos de seus captores", disse Jordan Sekulow, diretor-executivo do ACLJ. "A força e determinação de Abedini é notável; mesmo com todos os abusos e tortura que sofreu, ele continua firme em sua fé." Em sua última carta, ele escreveu: "Pastor Saeed Abedini, servo e escravo de Jesus Cristo, aprisionado, desejando vê-los em breve." Sekulow concluiu: "Sua fé o mantém vivo."
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