Ser cristão está mais difícil e perigoso. Essa é a constatação da Missão Portas Abertas, que vem divulgando relatórios sobre a perseguição religiosa a cristãos em todo o mundo.
A dificuldade em exercer a fé e expressá-la aumentou em todos os continentes, e trouxe maiores preocupações às autoridades, que veem a possibilidade de um conflito generalizado em diversos países.
“Ao analisar os números e fatos da perseguição na Classificação da Perseguição Religiosa 2016, concluímos uma coisa: a perseguição aumentou na maior parte dos países do mundo. E não era de se esperar menos do que isso. O extremismo religioso de grupos radicais islâmicos, governos cada vez mais inseridos na cultura e religião de seus povos, autoridades que exercem pouco poder sobre maiorias étnicas (fazendo vista grossa à violência praticada contra cristãos), barões do narcotráfico e guerrilhas unidas à governos omissos da América Latina e países distantes e fechados em que, muitas vezes, as notícias mal chegam ao mundo ocidental, representam o que hoje chamamos de países hostis ao Evangelho ou países em que para o cristão, seguir a Jesus, pode custar a vida”, resumiu um comunicado da Portas Abertas.
A lista de Classificação da Perseguição Religiosa é organizada pela missão anualmente, apontando os 50 piores países para um cristão viver. Os dez piores são Coreia do Norte, Iraque, Eritreia, Afeganistão, Síria, Paquistão, Somália, Sudão, Irã e Líbia.
“Destacamos que o regime mais opressivo da contemporaneidade, a Coreia do Norte, desponta mais uma vez, e pelo 14º ano consecutivo, como o país que em que o cristão mais enfrenta a perseguição religiosa”, observou o relatório.
2015 foi classificado pela organização como “o ano do medo”, pois “em todo o mundo mais de 7 mil cristãos foram mortos por razões relacionadas à fé […] [o que] representa um aumento de quase 3 mil em comparação aos números do período anterior”. A Portas Abertas frisa que esses dados excluem a Coreia do Norte e parte da Síria e do Iraque, onde não existem registros precisos.
Ainda segundo o relatório da missão, “as estatísticas também mostram que mais de 2.400 igrejas foram atacadas ou destruídas, o dobro em relação ao ano anterior”.
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