Embora seja o berço do cristianismo, dois mil anos depois apenas 2% da população israelense se declara cristã. Na semana do Natal, o o Bureau Central de Estatísticas (o IBGE israelense), publicou um novo relatóriosobre a religiosidade no país.

Atualmente, cerca de 175 mil cristãos vivem no país. A população cristã no país cresceu cerca de 2,2% no ano passado, em comparação com 1,4% no ano anterior. A longo prazo, observa-se que ela aumentou significativamente desde a criação do Estado, em 1948. O primeiro levantamento oficial, em 1950, reconhecia cerca de 40.000 cristãos na Terra Santa.

O primeiro-ministro Netanyahu em diversas ocasiões destacou esse aspecto, fazendo comparações com o resto do Oriente Médio. “Israel é o único país em milhares de quilômetros ao redor, onde os cristãos não só sobreviveram, mas se multiplicaram” , destacou o premiê em julho de 2018. Ele acrescentou que “lugares sagrados para os cristãos são protegidos e eles podem fazer suas orações sem medo”.

Em 2018, mais da metade dos turistas que visitaram Israel são cristãos, o que revela uma importante relação.

Ainda segundo o Bureau, 74.7% da população é composta de judeus e 17.7%, de muçulmanos. O restante são de outras minorias religiosas ou “sem religião”.

Demografia

Cerca de 70% da população cristã vive no norte e a cidade com mais cristãos é Nazaré (22.100), seguido de Haifa (15.800) e Jerusalém (12.600). Um aspecto distintivo é que 77,7% dos cristãos em Israel são árabes. Uma porcentagem muito pequena são de judeus convertidos que imigraram para Israel através da chamada “Lei do Retorno”. Em vários países, os judeus messiânicos não recebem cartas de autorização dos rabinos “atestando” que são judeus.

Na divisão demográfica, chama atenção a educação formal. áreas como a academia e a presença de mulheres. As mulheres compõem 75,2% dos cristãos que estudam um segundo grau, em comparação com 62,7% na população em geral.