Policiais israelenses começaram a estudar a cultura árabe e seu idioma nas últimas semanas para entender melhor os árabes israelenses e evitar que se repitam os distúrbios de 2000 nos quais morreram 12 jovens em confrontos com a Polícia.
“A Polícia precisa ter tratamento igualitário aos cidadãos árabes israelenses e respeitar sua idiossincrasia”, disse o professor Or Ben Ezra, que treina os agentes, ao jornal israelense “Ha'aretz”.
Em 2000, a Polícia israelense matou 13 árabes israelenses em diferentes localidades árabes no norte de Israel onde houve uma revolta em solidariedade com os palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza após o começo da Segunda Intifada.
A morte dos jovens, cidadãos de Israel, marcou um precedente nas relações entre as autoridades israelenses e a minoria árabe que vive no Estado judeu.
Os “árabes israelenses” são os palestinos que continuaram morando dentro dos limites reconhecidos do Estado de Israel quando o país proclamou a independência em 1948. Eles são considerados cidadãos israelenses, seu idioma é o árabe e se dividem entre cristãos e muçulmanos.
A idéia de ensinar árabe foi sugerida pela “Comissão Or” ('luz' em hebraico) que investigou os fatos de outubro de 2000 e recomendou os cursos ao departamento de recursos humanos e ao de educação da Polícia. As aulas são dadas no norte de Israel.
Segundo relatório apresentado pela comissão em 2003, a Polícia de Israel freqüentemente trata os árabes israelenses como “inimigos” e os vê como “um grupo hostil que serve a outro sistema”.
Durante o curso intensivo, os agentes também estudam situações específicas, como os casos de violência familiar denunciados por mulheres.
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