A polícia disparou tiros de alerta para interromper protestos violentos que aconteceram na Indonésia em 6 de fevereiro. A ira causada pelas caricaturas do profeta Maomé publicados em jornais ocidentais se espalhou por toda essa nação muçulmana mais populosa do mundo.
Os protestos mais barulhentos aconteceram em Surabaya, a segunda maior cidade do país, onde centenas de manifestantes atiraram pedras no consulado dinamarquês, antes de seguirem para o consulado dos EUA.
Segundo um fotógrafo da Associated Press, a polícia disparou tiros de aviso para evitar que as pessoas despedaçassem uma placa que estava na parede do consulado norte-americano. Aparentemente ninguém ficou ferido na manifestação.
A polícia não estava disponível para comentar, mas o fotógrafo viu a polícia prender pelo menos um dos manifestantes do lado de fora do consulado norte-americano.
Os manifestantes também se reuniram na capital, Jacarta, e em mais duas cidades, onde queimaram bandeiras dinamarquesas.
As 12 charges apareceram pela primeira vez em um jornal dinamarquês, mas foram republicadas pela mídia em diversos lugares do mundo. A maioria desses países fez isso alegando apoio à liberdade de expressão.
As caricaturas ofenderam milhões de muçulmanos em todo o mundo e despertaram vários protestos, incluindo tumultos na Síria e no Líbano no último fim de semana. Lá os manifestantes atacaram as missões diplomáticas dinamarquesas.
As charges tinham a intenção de nos insultar, disse Hendri Novrizal, um dos quase 300 manifestantes que se reuniram do lado de fora da embaixada dinamarquesa em Jacarta. Não queremos insultar Jesus ou Buda, porque um ato desses causaria tensão entre seus seguidores.
Na sexta-feira, 3 de fevereiro, manifestantes chegaram a entrar no saguão da embaixada dinamarquesa em Jacarta, mas não causaram danos.
Um dos desenhos mostra Maomé usando um turbante em forma de bomba. Outro retrata o profeta muçulmano segurando uma espada, com seus olhos cobertos por um retângulo preto.
Os muçulmanos se iraram porque o islamismo proíbe qualquer retratação do profeta para evitar a idolatria.
Eles também se enfureceram com a insinuação de que Maomé era um terrorista - uma questão delicada, dado à onda de explosões suicidas que foram realizadas recentemente em nome da fé.
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