Quatro pessoas foram detidas no motel que funciona no mesmo prédio de uma igreja evangélica em Americanópolis, na Zona Sul de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (5).

A Polícia Civil vai ouvir o gerente do motel, a secretária dele, um homem que estava hospedado sozinho em um dos quartos e que teria passagem pela polícia. Um quarto ocupante do prédio também foi detido pois teria recebido cerca de 20 cartas de uma penitenciária no Interior de São Paulo.

O delegado Arlindo José Negrão Vaz disse que foram encontradas camisinhas e vários rolos de papel higiênico dentro do motel, o que pode, segundo ele, configurar favorecimento à prostituição. “Vamos abrir inquérito. Se fosse um volume maior, seria um flagrante”, afirmou em entrevista por telefone ao G1.

Segundo o delegado, ainda não foi encontrado “nada que desabone” a igreja que funciona sob o motel. “Agora, se o dono do motel reclamar do barulho, podemos verificar a perturbação de sossego”, afirmou.

O subprefeito de Cidade Ademar, Beto Lopes, disse que se o dono do motel – que está em Mato Grosso – não apresentar alvará de funcionamento em cinco dias, o estabelecimento será fechado. De acordo com ela, a prefeitura vai fiscalizar também a igreja.

Curiosidade

O Jornal da Globo revelou na terça-feira (4) que o motel funciona em cima da igreja evangélica. Americanópolis é um bairro simples da Zona Sul. Não fosse o movimento de uma avenida de ligação com as cidades do ABC paulista, a região não seria notada pela rotina da metrópole. Mas à noite algo chama a atenção: o prédio onde estão uma igreja evangélica e um motel.

O motel chegou primeiro, mas a igreja é mais concorrida. Por dia, são 130 fiéis contra 50 clientes do estabelecimento que cobra R$ 25,00 por casal, por um período de 12 horas.

A convivência era harmônica date o fim do ano passado, quando o gerente do motel reclamou ao pastor que o barulho dos cultos estava atrapalhando o movimento. Porém, o volume foi reduzido e o pecado perdoado.