Pessoas que convivem com o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) em países da América Central sentem-se discriminadas pelos religiosos, revelou pesquisa realizada pela empresa Cid Gallup.
Durante encontro na Cidade da Guatemala, dias 24 e 25 de julho, que reuniu pessoas portadoras do vírus da aids (PVVS), comunicadores e representantes de igrejas da região centro-americana, ficou claro que além de professores, pessoal de saúde, agentes penitenciários e patrões, as igrejas ainda continuam discriminando as PPVS.
O encontro foi coordenado pela Organização Panamericana para o Mercado Social (PASMO) que retomou a pesquisa da Cid GALLUP para demonstrar que algumas igrejas consideram a pandemia da aids como “um castigo de Deus”, explicou Giovanni Meléndez, da PASMO.
A pesquisa, embora realizada no ano passado, continua vigente. Os estigmas baseados na crença de que as PVVS merecem seu destino porque “fizeram algo mau” são atuais, disse Meléndez.
“Nós procuramos a Igreja Anglicana de Honduras para que nos apoiássemos e não o conseguimos”, revelou um representante da comunidade gay Sampedrana.
“Estamo-nos aproximando às igrejas da região, pouco a pouco. Este é um setor importante para a luta contra a aids e o acompanhamento para as pessoas que já vivem com o vírus”, destacou a pesquisadora da PASMO, Susana Lungo.
O encontro teve como objetivo coordenar ações de comunicação em temas relacionado ao estigma-discriminação e masculinidade, como parte das estratégias de prevenção e atendimento integral a pessoas que convivem com o HIV.
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