O governador Alhaji Ahmed Sani, do estado de Zamfara, o primeiro a introduzir o sistema legal islâmico na Nigéria há quatro anos, está sendo acusado pelos cristãos de de perseguição religiosa.
Lídere cristãos acusam o governo islâmico do estado de Zamfara de demolir igrejas, forçar os cristãos a aceitarem o código de vestimenta, fechar negócios durante os períodos de oração muçulmana e cobrar taxas exorbitantes e discriminatórias em escolas para crianças cristãs. E, também, alguns cristãos foram presos sob acusações de violar leis islâmicas.
Recentemente o governo de Zamfara disse que iria demolir todas as igrejas que considerava como estruturas ilegais em Gusau, a capital do estado, e em outras cidades urbanas. O Reverendo Simon Bala, bispo anglicano de Gusau e presidente da Associação Cristã da Nigéria, do estado de Zamfara, acusou o governo do estado de trabalhar na eliminação da presença cristã. "Acreditamos que a sharia (lei islâmica) está apontada contra igrejas do estado", ele explica. O bispo, que falou com a Compass dia 9 de agosto, reclamou, junto ao governo, que a decisão de demolir igrejas era uma maneira de corrigir o plano mestre da cidade de Gusau.
"Quando este plano mestre foi projetado? Quando se tornou público? Qual foi o gesto do corpo regulador governamental quando esse plano mestre foi, conforme se alega, pervertido? Para nós - que insistimos que igrejas legalmente construídas podem ser consideradas ilegais e, assim, destruídas - o governo dá a impressão de que os cristãos que constroem essas igrejas são fora-da-lei. É uma tentativa de justificar a perseguição à igreja", ele disse a Compass.
"E as mesquitas que pontuam a cidade, algumas até em bairros residenciais? O comitê de implementação da sharia vai demolir tais mesquitas por serem estruturas ilegais?" o bispo Bala pergunta.
O Sr. Saidu Dogo, secretário geral da Associação Cristã da Nigéria, filial nigeriana do norte, também sente que a implementação do sistema legal islâmico em Zamfara e em outros estados nortistas tem por alvo eliminar os cristãos e a sua religião. Ele disse a Compass, no dia 10 de agosto em Kaduna, que o governo nigeriano precisa prevenir governantes muçulmanos dos perigos de promover fundamentalismo religioso.
"Temos medo. Muitas de nossas igrejas já foram marcadas pela política da sharia. Muitas igrejas já foram demolidas, e muitas mais têm sido marcadas para serem postas abaixo pelo governo", Dogo falou.
Dia 30 de julho, Sr. Emma Fred, um homem de negócios cristão, da cidade de Gusau, foi condenado por possuir álcool. Ele foi preso pela Hisbah, uma agência islâmica estadual, sob a acusação de infringir dogmas islâmicos. Uma corte forçou-o a pagar uma "pesada multa" de 400.000 naira (4 mil dólares) a fim de não sofrer a pena de seis anos de prisão. Muçulmanos condenados pela mesma transgressão recebem 80 açoites de cana.
A liderança cristã nigeriana condenou o julgamento, argumentando que a lei da sharia deveria ser aplicada somente aos muçulmanos. A lei islâmica está sendo imposta aos cristãos, desprezando as afirmações iniciais dos estados islâmicos, ao norte da Nigéria, de que a lei se aplica só aos muçulmanos.
Outra afronta aos cristãos é a imposição islâmica do código de vestimenta. Alegando uma série de queixas sobre roupas indecentes, o governador do estado de Zamfara, Ahmed Sani, anunciou um código de vestimenta para as mulheres cristãs. Sani disse ter pedido à liderança cristã que aconselhassem as mulheres cristãs a obedecer ao código de vestimenta islâmica, notando que o cristianismo encoraja o vestuário indecente. Ele salientou, "Todos nós estamos tentando fazer isso para inculcar valores morais entre as mulheres".
O governo do estado de Zamfara formulou uma nova política educacional que discrimina os cristãos, cobrando deles uma instrução maior e taxas mais caras. O comissionário de informação, Alhaji Ibrahim Danmaliki, contou aos jornalistas que 5.000 naira (50 dólares) eram cobradas dos alunos cristãos da escola primária por trimestre. Garotas cristãs na escola primária feminina pagarão 10.000 naira (100 dólares) por trimestre. Além disso, cristãos estudantes do ginásio de período integral pagarão 25.000 naira (250 dólares) por trimestre enquanto aqueles de escolas de meio período pagarão 10.000 naira por trimestre. Estudantes muçulmanos não pagam taxas no estado.
Danmaliki declarou que os diretores de escolas primárias e ginásios foram instruídos a impingir a nova administração tarifária. "Pedimos ao governo federal que não fosse indiferente... O governo deve agir agora a fim de cessar essa onda de loucura religiosa da parte do governo de Zamfara", defendeu Dogo.
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